Mãe de Marina desabafa após condenação do assassino da filha: “Justiça finalmente feita” em Juiz de Fora

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A mãe de Marina Gonçalves, Marlene Gonçalves Cunha, expressou seu sentimento de alívio e justiça após o julgamento de Pedro Araújo Cunha Parreiras, na quarta-feira (25), no Fórum Benjamin Colucci, em Juiz de Fora. Pedro foi condenado a 34 anos e 7 meses de prisão pelo assassinato brutal de sua esposa em maio de 2018, no Bairro São Mateus. Marlene desabafou dizendo que “lavei minha alma no sentido de ter honrado a minha filha”, mostrando a sensação de que finalmente a justiça foi feita.

Durante quase 20 horas de julgamento, Marlene acompanhou todo o desenrolar do caso, destacando que pôde compreender a gravidade do crime e sentir alívio ao ver a justiça sendo feita em memória de sua filha. O impacto do crime foi enfatizado na fala da mãe de Marina, que também expressou sua emocionada visão do futuro do seu neto, ainda jovem e com muita vida pela frente.

A sentença do caso deixou claro que Marina foi vítima de um ato de extrema brutalidade, asfixiada durante um ato de controle, frieza e desumanidade. Todas as qualificadoras apresentadas pela acusação foram reconhecidas, incluindo o motivo fútil, meio cruel, feminicídio e o recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, foi acrescentada uma causa de aumento de pena devido ao assassinato ter sido cometido na presença do filho mais velho do casal.

Além do crime principal, Pedro também foi condenado por ocultação de cadáver e fraude processual, com agravante pela tentativa de apagar vestígios e manipular a cena do crime. A defesa de Pedro informou que irá recorrer da decisão, buscando possíveis revisões no caso.

O crime que chocou Juiz de Fora em maio de 2018 resultou na morte de Marina no Bairro São Mateus, com seu corpo sendo encontrado 10 dias depois com sinais de violência e queimaduras. Pedro admitiu o crime em junho, chegando a obter um alvará de soltura posteriormente, mas retornando à prisão em agosto. A investigação apontou discussões prévias relacionadas a problemas financeiros e um possível pedido de separação como motivadores do crime.

O caso de Marina Gonçalves continuará a ecoar na memória da cidade de Juiz de Fora, marcando um triste episódio de feminicídio que gerou grande comoção. A justiça foi feita para Marlene Gonçalves Cunha, que finalmente viu o assassino de sua filha ser condenado e responder por seus atos perante a lei. A busca por justiça e conscientização sobre a violência contra a mulher segue como um tema essencial na sociedade atual.

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