Mãe de menino morto em emboscada em Goiás está dilacerada, diz parente

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Mãe do menino morto em emboscada ao levar lanche com o padrasto está dilacerada,
diz parente

Tia da avó de Gael disse que a mãe dele está muito mal psicologicamente e não
pretende voltar a Campinorte, onde ela morava e onde aconteceu o crime.

Homenagem feita pela escola de Gael, em Campinorte — Foto: Arquivo pessoal/Lucilene Aparecida

A mãe de Gael Esteves de Morais, que morreu em uma emboscada em Campinorte, no norte de Goiás, está “dilacerada”, segundo uma parente. Em entrevista ao DE [DE], Joyce Sousa, que é tia da avó materna da mãe do menino, contou que ela está muito abalada e sob os cuidados da mãe. O filho foi morto enquanto levava um lanche com o padrasto, que tinha uma hamburgueria na cidade.

“Ela está muito mal (psicologicamente), acabada. É de dar dó. Precisa de cuidados. Ela não vai voltar mais (para Campinorte). A mãe dela está cuidando dela”, disse Joyce, acrescentando que a jovem está em Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia, onde mora a família.

Segundo Joyce, a mãe de Gael tem uma filha, de 15 anos. Sobre o padrasto, que foi levado para o Hospital Estadual de Urgências de Goiás (HUGO), em Goiânia, ela disse que “ele está ótimo”. O DE solicitou ao hospital o estado de saúde dele, mas a assessoria disse que só fornece essas informações de pacientes a familiares ou responsáveis legais.

Gael foi homenageado na Escola Municipal Boa Esperança, que frequentava em Campinorte. A instituição colocou uma faixa com a sua foto, acompanhada da mensagem “Sua luz continuará a brilhar em nossas memórias”. Em entrevista ao repórter Vinícius Silva, do DE, a professora dele, Lucilene Aparecida dos Santos, contou que o menino era super inteligente e que estava sempre brincando, sorrindo.

A docente contou que ele e uma amiga, Antonella, eram muito próximos. Um vídeo gravado na escola mostra os dois brincando horas antes do crime. A menina, que tem síndrome de Down, era cuidada por ele. Ela tem sensibilidade auditiva e Gael, por conta própria, pedia silêncio quando tinha muito barulho na sala, para que a amiga não tivesse dor de cabeça.

“Se não resolvesse, ele abria a mochila dela, pegava o abafador e colocava nela”, afirmou a professora.

Segundo Joyce, tia da avó de Gael, o menino tinha se mudado havia alguns meses para a cidade. Quando a mãe dele saiu de Goiânia para lá, o menino ficou morando com o pai na capital. “Ela morava só com o marido dela”, disse Joyce, referindo-se ao padrasto .

De acordo com o tenente Neimar Alves Ferreira, do Comando do Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar de Uruaçu, que atendeu a ocorrência, Gael e o padrasto sofreram disparos de quatro suspeitos quando chegaram ao local de entrega.

O alvo dos suspeitos, segundo a polícia, era o padrasto e o motivo do ataque seria uma disputa entre facções por pontos de tráfico de drogas. Três pessoas foram presas em flagrante e sem direito à fiança. Segundo a Polícia Civil, um quarto suspeito tentou fugir dos policiais, entrou em confronto, mas foi atingido e morreu.

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