Mãe de Shani Louk, DJ alemã sequestrada pelo Hamas, confirma morte da artista

A DJ Shani Louk, que havia sido sequestrada em Israel pelo Hamas, foi morta pelo grupo, conforme informou a mãe da alemã. Louk tinha 23 anos e participava do festival Universo Paralello.

“Infelizmente, recebemos ontem a notícia de que a minha filha já não está viva”, disse a mãe da DJ, Ricarda Louk, para a emissora alemã RTL/ntv.

A informação da morte de Shani Louk foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel. “Estamos arrasados em anunciar que o corpo da alemã-israelense Shani Louk, de 23 anos, foi encontrado e identificado. Shani, que foi capturada num festival de música e torturada e desfilada por Gaza por terroristas do Hamas, viveu horrores insondáveis. Nossos pensamentos e orações estão com os amigos e familiares de Shani durante esse pesadelo inimaginável. Que sua memória seja uma bênção”, escreveram.

Saiba quem era Shani Louk

As circunstâncias do desaparecimento da DJ Shani Louk ainda intrigam o mundo. A jovem desapareceu durante uma festa de música eletrônica próximo a Re’im, em uma região desértica de Israel, que foi alvo de um ataque do Hamas no mesmo dia.

Um vídeo perturbador surgiu nas redes sociais, mostrando o corpo de uma mulher seminua na traseira de uma caminhonete conduzida por membros do Hamas, um grupo terrorista ativo nos Territórios Palestinos, que consistem na Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

Nas imagens que circulam nas redes sociais, os homens festejam e cospem no corpo da jovem desacordada. A vítima veste apenas calcinha e top. No entanto, familiares de Shani chamam a atenção para o cabelo e as tatuagens da artista.

De acordo com a revista alemã “Der Spiegel”, Shani, que detém cidadania israelense e alemã, nunca residiu na Europa, mas visitou seus avós em Ravensburg, Baden-Württemberg, em várias ocasiões. Sua mãe, que originalmente era católica, converteu-se ao judaísmo e imigrou para Israel. O pai de Shani, conforme a mesma publicação, é um judeu israelense.

Vídeo

A família reside aproximadamente a 80 quilômetros da Faixa de Gaza. Há notícias recentes de que Shani está viva, porém gravemente ferida na cabeça e em estado crítico. Sua mãe, em um vídeo enviado à mídia alemã, enfatizou a urgência da situação. “Cada minuto é crítico”, implorou. “Peço a todos que nos mandem qualquer informação ou ajuda neste momento”.

As atualizações sobre a condição de Shani foram fornecidas à família por um amigo que está na Faixa de Gaza, embora ele não tenha obtido autorização para visitá-la no hospital onde se acredita que ela esteja. “Presumimos firmemente que é Shani”, afirmou o amigo.

Ricarda relatou ao Spiegel que falou com a filha na manhã do dia 07 de outubro, quando começaram os lançamentos de foguetes contra o país. Shani estava em uma festa com amigos mexicanos perto da Faixa de Gaza e disse à mãe que iria embora se refugiar em um bunker. Depois, a família não teve mais contato com ela.

O tenente-coronel Richard Hecht, porta-voz dos militares de Israel, disse à rede americana CNN que dezenas de pessoas foram capturadas pelo Hamas provavelmente para serem usadas como escudos humanos nos contra-ataques. Segundo ele, que não especificou o número, crianças e idosos estão entre os levados pela facção.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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