Mãe denuncia agressão e racismo contra filha de 6 anos em Araraquara: Escola investiga o caso

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Mãe diz que filha de 6 anos foi agredida com cinto e tapas e sofreu ofensas
racistas em Araraquara

Médico constatou lesões e hematomas que teriam sido feitas por colegas da
criança. Diretoria de Ensino diz que repudia violência e que escola apura caso
com imagens de câmeras.

Episódio de racismo e terror psicológico teria acontecido na Escola Estadual
Antonio Oliveira Bueno Filho, em Araraquara — Foto: Reprodução/Facebook

Episódio de racismo e terror psicológico teria acontecido na Escola Estadual
Antonio Oliveira Bueno Filho, em Araraquara — Foto: Reprodução/Facebook

Uma menina de 6 anos relatou ter sofrido ofensas racistas e agressões até com
cinto de duas colegas de sala na Escola Estadual Antônio de Oliveira Bueno
Filho, no Jardim Pinheiros, em Araraquara (SP)

A mãe da criança registrou boletim de ocorrência na Delegacia Seccional da
cidade nesta segunda-feira (17). A menina passou por exame de corpo de delito no
Instituto Médico Legal (IML) nesta terça-feira (18).

A Diretoria de Ensino de Araraquara lamentou o ocorrido e informou que repudia
qualquer forma de violência dentro e fora da escola (veja nota completa abaixo).

A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso está sob investigação da
Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). “A equipe da unidade segue com diligências
para esclarecer os fatos e, após a conclusão, encaminhar o procedimento ao Juízo
da Infância e Juventude do município”.

No registro, a vítima alegou que foi chamada de ‘neguinha’ e obrigada a dar
comida na boca das outras estudantes. Além disso, citou que, em outros dias,
teve o cabelo puxado, apanhou com cinto e levou tapas na cara.

Em um relatório médico ao qual o DE teve acesso, de 15 de fevereiro, o
profissional responsável pelo atendimento da criança registrou que, durante
exame, a paciente estava “retraída, apática, com olhar entristecido,
introvertida e apresenta medo ao toque físico”.

O médico também identificou hematomas no tórax e nas nádegas da criança.

No boletim de ocorrência, a mãe da menina contou que foi até a escola e
conversou com a vice-diretora da escola. Segundo as informações do registro, a
representante conversou com uma das envolvidas nas agressões e, depois disso,
houve reincidência nos atos de violência contra a criança.

À polícia, a responsável pela vítima afirmou que a diretora da escola não
estaria sabendo dos fatos e, por isso, agendou uma reunião para quinta-feira
(20).

“A Diretoria de Ensino de Araraquara lamenta o ocorrido e repudia qualquer forma
de violência dentro e fora da escola. Assim que a situação foi comunicada, a
equipe de gestão acionou as responsáveis pelas alunas para mediação. Além disso,
a unidade está apurando internamente, através de imagens, para compreender o
ocorrido.

Um profissional do programa Psicólogos nas Escolas está à disposição dos
estudantes e a equipe local do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção
Escolar acompanha o caso, atuando com ações para conscientização sobre a cultura
de paz e combate ao bullying e racismo.”

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