Mãe é condenada a mais de 40 anos de prisão por matar filho de 1 ano em Goiânia
Pedro Benjamim Gonçalves de Mello morreu após chegar ao hospital com fraturas e sinais de agressão. A mulher foi condenada pelo crime de homicídio qualificado por meio cruel.
Pedro Benjamin Gonçalves de Mello, de 1 ano e 9 meses, que morreu após ser levado ao hospital com fraturas e sinais de agressão, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A mãe de Pedro Benjamim Gonçalves de Mello foi condenada a mais de 40 anos de prisão por matar o filho de 1 ano e 9 meses, em Goiânia. A mulher foi condenada por homicídio qualificado por meio cruel em julgamento que se estendeu por mais de 13 horas, de acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás.
DE não localizou a defesa da mãe até a última atualização desta reportagem.
Pedro Benjamin Gonçalves de Mello, de 1 ano e 9 meses, morreu após chegar ao hospital com fraturas e sinais de agressão. Em 14 de dezembro de 2024, data da morte, a equipe médica do Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) chamou a polícia diante da gravidade dos ferimentos da criança.
Na sentença do caso consta que a mulher foi submetida ao Tribunal do Júri e que a promotoria pedia a condenação da acusada por homicídio qualificado por meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O Ministério Público ainda ressaltou que entre as provas presentes nos autos, consta o laudo do exame cadavérico da criança, que “apontou diversas lesões, inclusive fraturas, no corpo de Pedro Benjamim, praticadas em diferentes momentos”.
A pena base foi fixada em 14 anos e 3 meses de reclusão pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva. Para calcular os agravantes, foram considerados os seguintes critérios: reconhecimento do meio cruel, crime praticado contra menor de 14 anos, cometido por ascendente (como pais e avós).
Levando em conta todas as considerações, a ré foi condenada a 41 anos, 3 meses e 21 dias de reclusão, cumpridos inicialmente em regime fechado. A sentença ainda informa que a detração penal deve ser cumprida, já que a mulher já estava presa preventivamente.
O documento diz ainda que a pena deverá ser cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). Segundo o Ministério Público, a Justiça também determinou que o pai seja julgado pelo júri, mas a defesa apresentou recurso que ainda aguarda julgamento pelo Tribunal de Justiça de Goiás.