Mãe e filha investem R$ 300 em marmitas e hoje faturam R$ 40 mil por mês
O negócio familiar nasceu na pandemia e hoje vende 2 mil marmitas por mês.
Mãe e filha investem R$ 300 em marmitas e hoje faturam R$ 40 mil por mês
Com apenas R$ 300, a fisioterapeuta Laís Almeida e sua mãe, Euriza Carvalho, deram início a um negócio de marmitas saudáveis em Uberaba (MG). A ideia, que começou de forma despretensiosa durante a pandemia, hoje se transformou em uma empresa consolidada, com produção de cerca de 2 mil refeições por mês e faturamento médio de R$ 40 mil. A inspiração veio das lembranças de família e do valor simbólico das panelas herdadas da avó.
No início da pandemia, mãe e filha buscavam emprego, mas a crise mudou os planos. “Eu estava sozinha na cidade, procurando trabalho, e minha mãe também. Resolvemos unir forças e vender comida aqui no prédio”, relembra Laís. O prato de estreia foi a feijoada, preparada em versão mais saudável, sem carnes embutidas. A primeira compra foi simples: arroz, feijão e embalagens. O investimento inicial de R$ 300, planejado para durar dois finais de semana, rapidamente se multiplicou. Logo vieram pedidos maiores. Uma cliente sugeriu que as marmitas fossem congeladas, para facilitar a rotina corrida. A observação virou um divisor de águas: mãe e filha passaram a estudar técnicas de congelamento, ampliaram o cardápio e profissionalizaram a operação. Com o aumento da demanda, deixaram o apartamento e adaptaram uma nova casa como linha de produção.
Além do sabor, o crescimento do negócio foi impulsionado pelo marketing gastronômico. Enquanto Laís organiza divulgação e vendas, Dona Euriza garante o tempero e a qualidade. O segredo, segundo ela, é “fazer tudo com delicadeza, selar bem as verduras e degustar sempre a comida”. Outro passo decisivo foi a adoção de uma plataforma de pedidos que funciona 24h. “Ela funciona como um e-commerce 24 horas. Mesmo quando não estamos atendendo, o cliente pode agendar as marmitas da semana inteira. Isso facilitou a compra e ajudou a organizar métricas e processos”, explica Laís. Atualmente, as refeições são vendidas em média a R$ 25 cada. Os combos também se tornaram uma estratégia importante para fidelizar clientes e incentivar hábitos alimentares saudáveis.
Agora, mãe e filha sonham ainda mais alto: ter uma fábrica de três andares, pontos de distribuição em outras cidades e ampliar a produção. Mas, até lá, seguem investindo em aprendizado e constância. Laís também compartilha dicas para quem deseja empreender no setor: Conhecer bem o produto e o público – entender qual problema seu negócio resolve. Precificação correta – calcular custos, insumos e margem de lucro para garantir renda. Divulgação – colocar o produto para aparecer, oferecer amostras e ouvir os clientes. “Ainda bem que é com a minha mãe”, resume Laís sobre a parceria que transformou a cozinha de família em uma empresa de sucesso.