Mãe e filha presas por expor crianças a maconha em Pérola, noroeste do Paraná: caso choca e reforça necessidade de proteção infantojuvenil

Mãe e filha foram presas em Pérola, no noroeste do Paraná, após serem acusadas de expor três crianças e um adolescente à fumaça de maconha. As mulheres, de 38 e 21 anos, tiveram a prisão decretada pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR) por suspeita de tráfico de drogas, além dos maus-tratos identificados. No total, as autoridades apreenderam dinheiro, uma faca e várias porções da substância ilícita.

As crianças, com idades de sete meses, dois e quatro anos, juntamente com o adolescente de 14 anos, foram encontradas em condições preocupantes durante uma ação policial na Travessa da Abolição. Não foi informado o parentesco entre os envolvidos, mas foi constatado o consumo da droga e a presença de porções de maconha espalhadas pelos cômodos da residência.

Após a identificação da situação, mãe e filha foram detidas e encaminhadas à delegacia da Polícia Civil de Altônia. Elas enfrentam acusações de tráfico de drogas, associação ao tráfico e maus-tratos às crianças. Enquanto isso, o Conselho Tutelar providenciou o acolhimento das crianças e do adolescente, que estão recebendo acompanhamento especializado.

O desdobramento do caso gerou reações na sociedade e chamou a atenção para a importância da proteção e assistência às crianças em situações de vulnerabilidade. Enquanto isso, autoridades locais permanecem vigilantes na busca por garantir o bem-estar e a segurança dos menores envolvidos na ocorrência. A conscientização sobre os cuidados e responsabilidades na criação e proteção de crianças e adolescentes torna-se ainda mais evidente diante de situações como essa, reforçando a importância da atuação conjunta de órgãos públicos e da comunidade em geral.

Diante dos desafios e da gravidade do caso, é fundamental que a justiça seja feita e que medidas preventivas sejam implementadas para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro. A atuação de profissionais capacitados e o apoio de instituições especializadas são essenciais para garantir a proteção e o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes em todo o país. A sociedade como um todo deve unir esforços para combater o tráfico de drogas e lutar pela promoção de ambientes seguros e acolhedores para as gerações futuras.

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Pai que matou filha de três anos tem pedido de exame de sanidade mental negado pela Justiça no Paraná

Justiça nega exame de sanidade mental para pai que matou filha de três anos e abandonou corpo em carro no Paraná

Na audiência de custódia, juíza entendeu que Diego Souza teve integridade mental para cometer os crimes. Ele também atirou contra a ex-companheira. O DE aguarda resposta da defesa de Diego.

Durante depoimento, Diego disse que cometeu os crimes por estar em “surto”. — Foto: Reprodução – RPC

A Justiça não aceitou o pedido de laudo de sanidade mental solicitado pela defesa de Diego Souza em audiência de custódia. O homem de 33 anos matou a filha, de três, e abandonou o corpo dela em um carro em Londrina, norte do Paraná. Ele também atirou contra a ex-companheira.

A decisão acontece após Diego alegar, em depoimento ao delegado, que teve um surto no momento que praticou os crimes.

> ” Foi coisa que passou na minha cabeça na hora. Sim, me arrependo bastante, mas não estava [premeditado]… O meu plano primário era eu me matar, eu não suportava a ideia dela [a filha] ficar longe de mim e ficar com outro pai”, disse Diego em depoimento.

No auto da prisão em flagrante, a juíza Eveline Zanoni de Andrade declara que “não há, neste momento, pelo Juízo, dúvida sobre a integridade mental do autuado”.

O crime aconteceu na segunda-feira (23). O homem foi preso em flagrante horas depois e a prisão foi convertida para preventiva, após pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Na terça-feira (24), a defesa de Diego informou que entraria com pedido de habeas corpus.

O homem já histórico criminal, com passagens por estupro de vulnerável e violência doméstica, cometidos contra outras mulheres. O DE aguarda resposta da defesa de Diego.

HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA

A ex-companheira de Diego disse ao delegado que os dois ficaram juntos por sete anos. Eles se separaram quando a filha completou 45 dias de vida. “Eu descobri que ele era usuário de drogas”, falou na oitiva. Diego negou em depoimento que usasse drogas.

À polícia, a vítima disse que cerca de um mês e meio antes do crime Diego tentou agarrá-la dentro de um hospital, onde estava acompanhando a filha após uma cirurgia. Entretanto, o comportamento violento não era comum, de acordo com ela, e não foi registrado boletim de ocorrência.

Ao ser preso, o homem disse que “se sentiu no direito” de cometer os crimes. A informação foi divulgada pelo guarda municipal (GM) Marcos Godoy, em entrevista à RPC.

Diego deve responder pelos crimes de feminicídio (contra a filha), tentativa de feminicídio (contra a ex), porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e resistência à prisão.

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