Mãe e filha pulam de lancha para evitar colisão com navio no litoral de SP: VÍDEO

Sem combustível, mãe e filha pulam de lancha à deriva para escapar de colisão
com navio; VÍDEO

Marinheiros resgataram as vítimas, de 51 e 81 anos, no Porto de Santos, no
litoral de São Paulo.

Tripulantes pulam de lancha para escapar de colisão com navio no litoral de SP
[https://s02.video.glbimg.com/x240/13167029.jpg]

Mãe e filha pularam de uma lancha sem combustível para escapar do impacto com um
navio
[https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/porto-mar/noticia/2024/12/08/tripulantes-pulam-de-lancha-a-deriva-para-evitar-colisao-com-navio-no-litoral-de-sp-assista.ghtml]
no canal do Porto de Santos
[https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/cidade/santos/], no litoral de São Paulo.
As informações são de um marinheiro que participou do resgate das tripulantes.

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Segundo José Carlos de Lima, as mulheres, de 51 e 81 anos, abandonaram a lancha
após verificarem que a embarcação havia parado de funcionar. Em um vídeo obtido
pelo DE é possível ouvir o apito do navio soando cada vez mais alto à medida em
que se aproximava delas (confira acima).

> “Ao abrir o tanque, para a nossa surpresa, verificamos que não havia
> combustível, estava vazio. Por isso a lancha não funcionava”, afirmou Lima,
> que trabalha na Praticagem de São Paulo há 17 anos.

O marinheiro contou ter sido acionado para a ocorrência junto com um colega.
Segundo ele, a mulher de 51 anos havia sido resgatada e levada de volta para a
lancha quando chegaram. A idosa, porém, permanecia na água com duas boias.

“Colocamos nossa lancha ao lado da delas e começamos a trazer a senhora”,
lembrou ele. De acordo com o profissional, o resgate também contou com o auxílio
de um casal em uma moto aquática.

Tripulantes pulam de lancha para escapar de colisão com navio no Canal do Porto
de Santos, SP — Foto: Reprodução

Lima explicou o procedimento para retirar as embarcações [deles e das vítimas]
do meio do canal do Porto de Santos.

> “Pegamos o cabo [corda] da lancha delas e amarramos na nossa. Depois,
> rebocamos para a margem do canal porque havia mais manobras de entrada e saída
> de navios”, disse ele.

O marinheiro foi o responsável por pilotar a embarcação enquanto o colega
acalmava as vítimas. “A senhora de 51 anos relatou que iria sair da Marina
Astúrias para abastecer a lancha no Iate Club para passear, mas no meio do
percurso a lancha parou de funcionar”, comentou.

Os profissionais checaram que o tanque da lancha das mulheres estava vazio e,
assim, rebocaram a embarcação até o posto de combustível da Marina Astúrias,
onde deixaram as mulheres. Segundo ele, um mecânico avaliaria o veículo que
ficou à deriva.

APÓS O INCIDENTE

A equipe da Praticagem orientou a família quanto aos riscos de pular no mar sem
coletes salva-vidas. “Ela disse que, ao ver o navio se aproximando, ficou
apavorada e mandou a mãe pular. Então, pulou em seguida”, relatou Lima. De
acordo com ele, o caso poderia ter terminado em tragédia.

> “Por exemplo, se uma delas tivesse câimbras nas pernas dentro d’água, a outra
> ia tentar salvar e poderia ter acontecido o pior. Então ela abaixou a cabeça,
> pediu desculpas e agradeceu por tudo que fizemos”, relembrou o marítimo.

Para ele, o sentimento é de dever cumprido. “É muito gratificante, inclusive
comentei com o Cleber [colega que ajudou no resgate] que estava muito feliz,
pois salvamos uma vida, duas na realidade”, disse.

De acordo com Lima, a Praticagem está sempre preparada para as situações no mar.
No entanto, a população deve tomar cuidado com esse tipo de ocorrência no verão.

“Já ocorreram vários acidentes desse tipo, mas como nós estamos atentos 24 horas
por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, sempre estaremos envolvidos,
preparados e dispostos a ajudar. Agora com a chegada de verão, com muitas
embarcações pequenas, o cuidado deve ser maior ainda”, finalizou.

O DE tentou contato com as vítimas e com a Marina Astúrias, mas não teve retorno
até a publicação desta reportagem.

Navio passou próximo à lancha que estava à deriva no Canal do Porto de Santos
(SP) — Foto: Reprodução

MARINHA

Em nota, a Marinha do Brasil (MB), por meio da Capitania dos Portos de São Paulo
(CPSP), informou que teve conhecimento da situação de ‘quase abalroamento’
envolvendo o navio NM Bow Precision e a embarcação de esporte e recreio Lola.

O incidente, segundo a Marinha, ocorreu na tarde do último sábado (7), no Canal
do Porto de Santos, nas proximidades da travessia de veículos entre Santos e
Guarujá. A embarcação, tripulada por duas pessoas, teve sua tripulação lançada
ao mar pela ameaça de colisão com um navio.

A Marinha afirmou que os tripulantes foram resgatados sem ferimentos por outras
embarcações que estavam nas proximidades na hora do ocorrido. Uma equipe da CPSP
foi enviada ao local para coletar informações e iniciar as apurações sobre o
ocorrido.

Um inquérito administrativo foi instaurado para investigar as causas do
incidente e possíveis responsabilidades. Além disso, a MB reforçou a importância
da manutenção preventiva das embarcações e do cumprimento das normas de
segurança náutica, como o uso de coletes salva-vidas.

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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