Pamonharia: Mãe e filho são condenados a quase 20 anos de prisão

Foi realizado nesta quarta-feira (22) o julgamento de Sueide Gonçalves da Silva, e seu filho, Willian Divino da Silva Moraes, pelo crime de homicídio triplamente qualificado contra a cozinheira Marizete de Fátima Machado, ocorrido em março de 2015. A condenação foi de 17 anos para Sueide e 15 anos para Willian.

A acusação, representada pelo promotor Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, autor da denúncia, e pela promotora Renata de Oliveira Marinho e Sousa, destacou a presença de qualificação de motivação fútil, já que a cozinheira trabalhava em estabelecimento concorrente ao estabelecimento dos réus, e de meio cruel, que causou intenso sofrimento físico e psicológico da vítima e dificultando sua defesa.

O crime ficou bastante conhecido como o ‘Caso da Pamonharia’, e teve ampla divulgação na mídia pela motivação torpe do crime e sua desproporcionalidade.

O CASO
A vítima, era cozinheira em uma pamonharia no Jardim América, saiu do trabalho em direção à sua casa, quando foi abordada de carro pela dupla. Sueide foi presa em flagrante horas depois do crime e Willian no dia 2 de abril.

Os réus foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, por ter sido praticado por motivo fútil, por submeterem a vítima a intenso sofrimento físico e psicológico, dificultando a sua defesa.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp