Mais de 16 horas de julgamento, segundo o Ministério Público de Goiás, levaram à condenação das duas pessoas que espancaram e asfixiaram até a morte Henzo Gabriel da Silva Oliveira, de dois anos e oito meses, em Santo Antônio do Descoberto. Por fim, Luana Alves de Oliveira, mãe da criança, pegou pena de 30 anos de prisão, em regime fechado. Wesley Messias de Souza, padrasto, foi condenado a 28 anos, 1 mês e 15 dias, também em regime fechado.
Com acusação do promotor de Justiça André Wagner Melgaço Reis, que atuou no caso desde o início, o corpo de jurados acolhei três qualificadoras do crime (situações que tornam a conduta mais grave). Motivo torpe, emprego de meio cruel, por conta asfixia, e impossibilidade de defesa da vítima. Além das sentenças de reclusão em regime fechado, o julgamento também manteve a prisão preventiva da mãe e do padrasto, por conta da gravidade e repercussão do crime.
A morte do menino Henzo Gabriel
De acordo com a denúncia do Ministério Público, os dois agrediram Henzo Gabriel durante uma noite inteira, entre 5 e 6 de março de 2018. As agressões começaram quando, ao tentar colocar a criança para dormir, ele começou a chorar.
Conforme o documento de denúncia, as agressões terminaram em asfixia. “Como a vítima estava indefesa e inconsciente por causa traumatismo crânio encefálico causado pelo espancamento, ela acabou sendo asfixiada”, detalhou a denúncia.
A mãe e o padrasto agrediram com socos, pisões e chutes, que deixaram lesões. Em seguida, enrolaram Henzo em um cobertor e foram dormir. Então, no outro dia, o pai de Wesley percebeu que Henzo não se mexia. A mãe e o padrasto o levaram ao hospital, já sem vida.