Mãe é presa por vender conteúdos pornográficos com filha adolescente

Uma mãe foi presa acusada de obrigar a própria filha adolescente a se exibir  em cenas de cunho para vender os conteúdos na internet por até R$ 80 no Paraná. Um comprador dos conteúdos – um homem de 58 anos de idade, morador da Bahia – também foi preso. O crime foi descoberto após a adolescente contar à equipe pedagógica da escola o que era obrigada a fazer dentro de casa. 

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), os adultos mantinham um relacionamento virtual. A polícia encontrou com o suspeito mais conteúdos pornográficos de outras crianças e adolescentes.

A mulher e comprador estão sendo acusados por estupro de vulnerável e compartilhamento de pornografia infantil. A investigação segue sob sigilo e busca eventuais outros participantes nos crimes.

Estupro de vulnerável

O estupro de vulnerável é a conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com menores de 14 anos, com ou sem consentimento, com pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental, não possuem o discernimento necessário para a prática do ato, bem como, por qualquer outra razão, não possa oferecer resistência.

Segundo o Código Penal, o ato é definido como crime contra a dignidade sexual, caso indiciado a pena prevista é de 8 a 15 anos de prisão, sem considerar outros agravantes previstos pela lei.

Divulgação de pornografia infantil 

De acordo com o Art. 241-A, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente é considerado crime, tendo pena reclusão, de 3 a 6  anos, e multa.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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