DPCA investiga desaparecimento de adolescente

A família do adolescente Alexandre Carvalho da Conceição, de 17 anos, não sabe mais a quem recorrer. Alexandre desapareceu na noite de quinta-feira, 1, no Parque São Jorge, em Aparecida de Goiânia. A mãe dele, Rosa Maria, conta que a última vez que o viu foi na noite de quarta-feira, dormindo no quarto dele.

Quando ela chegou em casa na noite de quinta-feira, achou que o filho estava na escola. “Eu estava tão cansada quando cheguei do trabalho que apaguei. Meu esposo, que é garçom, chegou às 2 horas da manhã perguntando onde estava o Alexandre. Saímos na rua desesperados procurando por ele”, conta a mulher.

A mãe descreve Alexandre como um menino carinhoso e muito parceiro do pai. Ela afirma que não sabe onde procurar pelo filho, pois ele sempre avisava onde estava. O meu filho não é o tipo de menino que sai sem voltar pra casa, entre nós dois tem uma confiança enorme. Eu não criei meu filho assim, ele não tinha o costume de sair, de passar tanto tempo fora. Se ele estivesse em algum lugar, na casa de uma namorada, de um amigo, ele me ligaria!”, explica.

Segundo a família de Alexandre, o boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (DEPAI) de Aparecida de Goiânia, mas o caso é investigado pela equipe da delegada Caroline Borges, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia.

Denúncias

Segundo ela, várias denúncias já foram feitas por telefone, de pessoas que teriam visto Alexandre em uma plataforma de ônibus, em um terminal, em uma feira, mas nenhuma até agora foi confirmada e o paradeiro do adolescente permanece desconhecido. Não há indícios, até agora, de que Alexandre tenha sido encontrado.

“A gente só quer saber o que aconteceu com o meu filho. Estamos sofrendo”, lamenta dona Rosa. 

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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