Peeling de fenol: mãe de paciente falecido pediu indenização de R$ 1,4 mi
A mãe do empresário que faleceu após ser submetido a um peeling de fenol na clínica da influenciadora Natalia Becker, em junho deste ano, está aguardando a decisão da Justiça sobre o pedido de indenização estipulado em mais de R$ 1,4 milhão. Na ação protocolada no início de setembro, a defesa alega que a mãe de Henrique da Silva Chagas, de 27 anos, é uma pessoa simples, de baixa renda, e que dependia do filho para pagar as despesas mensais. O empresário possuía um pet shop em São Paulo.
Henrique Chagas, de 27 anos, morador de Pirassununga, era apaixonado pela raça schnauzer, e sua mãe exigiu uma indenização moral no valor de R$ 1.412.000, justificando que a morte prematura do filho e sua total dependência econômica justificam o montante estimado pela dor moral. Além disso, a mãe do empresário solicitou uma indenização por danos materiais no valor de R$ 15.440, que inclui o pagamento pelo peeling de fenol, o transporte do corpo até sua cidade natal, além dos serviços de velório e sepultamento.
Em setembro, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo e tornou ré a influenciadora Natalia Becker por homicídio doloso com dolo eventual qualificado por motivo torpe, pela morte de Henrique da Silva Chagas. O promotor Felipe Eduardo Levit destacou o desprezo pela vida humana por parte de Natalia, que assumiu o risco de causar a morte do empresário visando lucro financeiro.
A Polícia Civil de São Paulo concluiu que Natalia Becker assumiu o risco de matar Henrique Chagas ao aplicar o peeling de fenol sem considerar os possíveis riscos e a falta de preparo para lidar com intercorrências. A perícia confirmou que Henrique morreu devido a uma parada cardiorrespiratória provocada por “edema pulmonar agudo” ao inalar fenol durante o procedimento.
A troca de mensagens entre a equipe de Natalia Becker e Henrique Chagas antes do peeling de fenol mostrou a falta de preparo da influenciadora para realizar o procedimento, indicando negligência e irresponsabilidade. Os prints revelam que a clínica permitia agendar procedimentos pelas redes sociais e recomendava tratamentos sem avaliação adequada.
A saga de Henrique Chagas evidencia a importância de escolher profissionais qualificados e confiáveis para procedimentos estéticos, bem como a necessidade de regulamentação e fiscalização rigorosa nesse setor. A tragédia que resultou na morte do empresário serve de alerta para os riscos envolvidos em práticas estéticas sem a devida atenção e preparo profissional. A Justiça deve agir com rigor para garantir a segurança e a integridade dos cidadãos.