Mãe reconhece bolsa de filha desaparecida em objetos apreendidos com suposto serial killer, diz delegado
Mulher de 38 anos está desaparecida há quase um mês. Entre os objetos encontrados na casa do suspeito, estão mais de cinco bolsas, facas e bonecas.
A mãe de uma mulher de 38 anos, que está desaparecida há quase um mês,
reconheceu a bolsa da filha entre os itens apreendidos com o suposto serial
killer de Rio Verde, Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, segundo o delegado Adelson Candeo. Após investigação de envolvimento de Rildo na morte de Elisângela Silva de Sousa, de 26 anos, a Polícia Civil recebeu denúncias de outros possíveis crimes.
“Ela está desde o final do mês passado desaparecida e não foi vista mais por
ninguém. A mãe esteve na delegacia porque vendo uma das imagens, reconheceu
uma das bolsas femininas apreendidas na residência do suspeito como sendo
identificada à que a filha dela usava”, informou o delegado em entrevista à TV Anhanguera.
Entre os objetos encontrados na casa do suspeito, estão mais de cinco bolsas, facas e bonecas (veja acima). De acordo com o investigador, o desaparecimento de outra mulher e pelo menos mais dois feminicídios são apurados.
Durante depoimento prestado na quarta-feira (17), Rildo negou ter participado
dos outros crimes, de acordo com delegado. Ele é investigado por feminicídio, furto, ocultação de cadáver, tentativa de estupro e latrocínio.
O susposto serial killer está preso desde 12 de setembro, ao voltar para a cena
do crime. Ele passou por audiência de custódia e está na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Rio Verde. Em nota, a Defensoria Pública de Goiás, que está responsável pela sua defesa, disse que não irá comentar.
RELEMBRE O CASO
Elisângela Silva de Souza foi encontrada morta em um lote baldio na quinta-feira
(11). Segundo a Polícia Civil, ela foi abordada por Rildo enquanto caminhava
para ir ao trabalho. Nesse momento, o suspeito teria anunciado um assalto e
obrigado a vítima a acompanhá-lo até um terreno baldio.
Em imagens divulgadas pela TV Anhanguera, o suspeito aparece andando pela rua e
segurando a vítima pelo braço até o local do crime (veja acima).
“Lá, ela teria entrado em luta corporal com ele e caiu e bateu a cabeça. Essa é
a versão dele. Depois, ele escondeu o corpo dela e tirou a calça dela para
dificultar a localização, já que a calça dela era vermelha e destoava do
terreno. Entretanto, o corpo dela estava completamente enterrado”, contou o
delegado.
O delegado informou que o suspeito negou a prática de violência sexual, mas
confirmou a ocultação de cadáver. Em depoimento, ele afirmou que a jovem caiu e
que não queria matá-la.
“A quantidade de lesões que a Elisângela tinha no rosto e no crânio deixa muito evidente que não foi um acidente. Ela foi agredida com extrema violência e extrema barbaridade”, declarou Candeo.
De acordo com a polícia, o homem agia com violência e usava um uniforme de
limpeza urbana como disfarce, uma forma de facilitar a abordagem com a vítima, andar de madrugada pelas ruas e evitar uma eventual abordagem policial.
“É um indivíduo que já tem uma ficha criminal no estado de origem. Inclusive,
estamos filtrando todas as denúncias que estamos recebendo do estado da Bahia,
de possíveis crimes de estupro e homicídio”, afirmou o delegado.
O investigador pontuou ainda que o suspeito tinha uma assinatura. “São crimes
praticados de forma muito semelhante, com emprego de técnicas muito
semelhantes”, informou à TV Anhanguera.