Mãe só há Uma, dirigido por Anna Muylaert, é um filme brasileiro que aborda de forma sensível e impactante a história de Pierre, um adolescente que descobre que é vítima de um sequestro ainda na infância e sua vida vira de cabeça para baixo. A trama se desenrola de maneira emocionante, mostrando os desafios enfrentados por Pierre ao tentar reconstruir sua identidade e se adaptar a uma família biológica que ele não conhecia.
O enredo gira em torno da jornada de autodescobrimento de Pierre, interpretado brilhantemente por Naomi Nero, que se vê dividido entre o amor pela mãe biológica (Daniela Nefussi) e a mãe adotiva (Matheus Nachtergaele) que o criou. A complexidade dos sentimentos de Pierre é explorada de forma intensa, evidenciando as nuances das relações familiares e o impacto que a revelação de sua verdadeira origem causa em sua vida.
Além do protagonista, o filme também destaca a atuação carismática de Helena (Liliana Castro), a irmã de Pierre, que enfrenta seus próprios dilemas em meio a essa reviravolta familiar. A interação entre os personagens é marcada por conflitos emocionais, questionamentos existenciais e momentos de ternura, construindo uma narrativa rica em nuances e emoções.
A mensagem central de Mãe só há Uma gira em torno da importância da aceitação, do amor e da compreensão dentro de uma família. O filme aborda temas como identidade, pertencimento e as consequências das escolhas feitas pelos pais, lançando luz sobre questões éticas e morais que permeiam as relações familiares.
Com uma direção afiada e um roteiro envolvente, Mãe só há Uma cativa o espectador desde o início e o leva a uma reflexão profunda sobre o que realmente define uma família e o que significa pertencer a um lugar. Uma obra-prima do cinema brasileiro que emociona e provoca questionamentos sobre a natureza dos laços que nos unem aos que amamos.