Mãe suspeita de envenenar filhos, um morre após duas semanas no Hospital João XXIII

Garoto envenenado morre após quase duas semanas internado no João XXIII; mãe é a suspeita

Irmã dele, uma adolescente de 18 anos, também foi envenenada e morreu no dia 24 de novembro. Mulher está presa em Vespasiano, na Grande BH.

Fachada do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte (imagem ilustrativa)

Um garoto, de 12 anos, que foi envenenado e estava internado no Hospital João XXIII, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, morreu na tarde desta terça-feira (3). Ele estava na unidade de saúde desde o dia 20 de novembro. A morte foi divulgada pelo advogado da suspeita e confirmada por uma fonte do pronto-socorro.

A irmã dele, uma adolescente, de 18 anos, também foi envenenada e morreu no dia 20 de novembro. A suspeita dos crimes é a própria mãe, que está presa preventivamente.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ela está no Presídio de Vespasiano, na Grande BH, desde o dia 24 de novembro.

Os envenenamentos

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil, os dois jovens tiveram fortes dores no estômago após comerem, em casa, arroz, feijão, chuchu e frango frito com cebola, no dia 20 de novembro, no bairro Jardim dos Comerciários, Região de Venda Nova. A refeição, segundo o registro, foi preparada pela mulher.

O pai – separado dela há aproximadamente cinco meses – foi chamado para socorrer as vítimas, e os filhos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Venda Nova.

Por causa da gravidade dos pacientes, eles foram transferidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A unidade não divulga informações sobre pacientes.

Em depoimento à polícia, o pai das vítimas disse que se separou da mulher por causa de “atos descontrolados” e “importunações noturnas que o impediam de dormir”.

Ele relatou também, sem dizer quando, que teve dores intestinais, diarreia e vômito após comer dois pães sovados e beber um copo de café na casa da ex.

O documento policial aponta, ainda, que a suspeita usa remédios psiquiátricos e, questionada se mantinha bom relacionamento com os filhos, ela disse que sim.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ela está no Presídio de Vespasiano, na Grande BH, desde o domingo (24).

O advogado da suspeita disse que “até agora não há prova concreta que a comida feita tenha ocasionado a morte” e que somente os resultados dos laudos e da perícia poderão apontar a causa da morte. A defesa informou, ainda, que ela comeu a mesma refeição.

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