Mães de Goiás deve chegar a 100 mil mulheres beneficiadas até o final de março

Um dos principais programas sociais do estado, o Mães de Goiás prevê que 100 mil mulheres com filhos de até seis anos e em situação de vulnerabilidade social recebam os cartões que asseguram o valor de R$ 250 mensais até o final de março. Mais à frente, quando atingir alcance máximo, atendendo os 246 municípios goianos, o investimento será da casa dos R$ 25 milhões/mês.

Cerca de 80 mil benefícios já foram distribuídos desde a implementação do programa, em setembro de 2021. Considerando apenas o mês de fevereiro, o total de cartões entregues pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) e Gabinete de Políticas Sociais (GPS), foi superior aos 18 mil.

“O propósito é dar às crianças condições para desenvolverem a sua capacidade cognitiva, numa fase onde essa habilidade está em formação, para chegarem à escola bem preparadas para o aprendizado. Com esse recurso, as mães garantem que seus filhos tenham alimentação adequada para que cresçam com saúde”, disse o governador Ronaldo Caiado.

Ao receberem o cartão, as mulheres são orientadas a fazer o desbloqueio e já passam a contar com o recurso. Com ele, é possível comprar alimentos e medicamentos em supermercados e outros estabelecimentos credenciados pela GoiásFomento nas cidades onde vivem. É, ao mesmo tempo, um socorro para quem precisa de dinheiro e um estímulo ao comércio local.

Jarina Firmino Diniz, de Aparecida de Goiânia, destacou as dificuldades trazidas pela pandemia e como o valor depositado no cartão vai ajudar neste momento. “Estava passando necessidades e o cartão veio na melhor hora”, comentou a mãe de dois filhos. Alana Silva, de Trindade, Região Metropolitana de Goiânia, é mãe de uma criança de dois anos. Ela está aliviada por contar com o valor todo mês. “Vai melhorar muito a alimentação lá em casa”, avaliou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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