Mães denunciam agressão em creche no PR: crianças ficaram agressivas e aprenderam palavrões. Professora indiciada e em liberdade.

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Minha filha ficou agressiva, aprendeu palavrões e contou que professora bateu a cabeça dela na parede’, diz mãe que denunciou maus-tratos em creche no PR

Crianças estudam em CMEI de Castro. Professora foi indiciada pela Polícia Civil e está em liberdade. Defesa da suspeita afirma que ela nunca agiu de maneira negligente ou agrediu alunos.

Mães que denunciaram professora por agressão a crianças em CMEI contam o que filhos relata Mães que denunciaram professora por agressão a crianças em CMEI contam o que filhos relata

As mães de crianças que denunciaram uma professora por maus-tratos em uma creche de Castro, nos Campos Gerais do Paraná, relatam que perceberam comportamentos diferentes nos filhos. Segundo elas, as crianças começaram a ficar agressivas, aprenderam palavrões, apresentaram comportamento ‘revoltado’ e não queriam mais ir para a creche. Veja relato das mães no vídeo acima.

Todas as crianças eram alunas do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Padre Lívio Donati e estavam sob a responsabilidade da mesma professora, de 39 anos, que está sendo investigada pela Polícia Civil por maus-tratos.

Como o caso envolve crianças, o processo está em sigilo de Justiça e o nome da professora não foi oficialmente revelado. As mães também não serão identificadas para preservar a identidade das crianças.

Em entrevista ao DE e à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, a mãe de uma menina de 3 anos afirmou que decidiu conversar com a criança depois de notar a mudança de comportamento. “Minha filha sempre foi muito tranquila, muito quieta, muito tímida […] Neste ano, ela não queria ir para o CMEI, apresentava agressividade, aprendeu a falar palavrões que não eram ditos dentro de casa e começou a ficar revoltada, chorava para tudo.”

Uma segunda mulher diz que foi alertada pela mãe de outro aluno de que a filha dela tinha sofrido uma agressão. O aluno contou em casa que a professora teria batido a cabeça da colega na parede.

“A mãe afirma que, depois de conversar com a filha, a menina confirmou a agressão.

De acordo com a polícia, a investigação apura o crime de maus-tratos contra pelo menos 8 crianças com idades entre 3 e 4 anos. Para denunciar o caso à polícia, os pais fizeram gravações caseiras do momento em que as crianças contavam o que acontecia na creche.

Uma das mães contou que, para gravar as falas da filha, aproveitou um dia de feriado, quando não tinha aula. Ela começou a conversa dizendo que no dia seguinte a menina iria para a creche. Mas a menina, de 3 anos, disse que não queria ir e revelou que a professora a chamou de ‘feiosa”.

Na conversa, a menina ainda contou que a professora puxou o cabelo dela. “Chegou num certo momento da conversa que ela falou assim: ‘Mamãe, ela puxou meu cabelo. Falei: ‘Puxou teu cabelo? Como assim?’. Ela falou: ‘Puxou assim, ó, bem forte e doeu’”, diz a mãe. “Nesse momento eu segurei as lágrimas, eu fiquei muito nervosa”, conta.

A defesa da professora disse que confia na absolvição da cliente, afirmou que ela nunca agiu de maneira negligente ou agrediu alunos e que isso será demonstrado no decorrer do processo. Segundo a defesa, a cliente foi afastada e, ao fim dos procedimentos do município, retomou a função em outra unidade, mas nesse momento está licenciada do cargo. A defesa afirma ainda que a professora tem sofrido ameaças.

O delegado Marcondes Ribeiro, que investiga o caso, disse que a professora optou por ficar em silêncio durante o interrogatório.

Em nota, a prefeitura de Castro disse que concluiu um Processo Administrativo Disciplinar contra a professora, mas que as informações não podem ser divulgadas porque o procedimento tramitou em sigilo. O município afirmou, também, que aguarda o julgamento de eventual ação penal para avaliar se deve adotar alguma outra medida. Veja a nota na íntegra mais abaixo.

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