Mães questionam exclusão de filhos autistas em academias do DF: entenda a polêmica

maes-questionam-exclusao-de-filhos-autistas-em-academias-do-df3A-entenda-a-polemica

Mães relatam dificuldade em matricular filhos autistas em rede de academias do DF

Duas mães contam que, após informar que filhos têm autismo, academia Corpo e Saúde teria dito que crianças não poderiam ser matriculadas. Em nota, academia diz que ‘por uma questão de segurança e qualidade no atendimento’, é preciso limitar o número de alunos por turma.

Francineide Lima diz que teve dificuldade de matricular o filho na natação, em Taguatinga. Francineide Lima é mãe de um menino autista de seis anos e conta que procurou a academia para matriculá-lo em uma aula experimental de natação. Com a aula marcada, a mãe se dirigiu até a unidade em Taguatinga com a criança no dia e horário agendados. Ao preencher uma ficha do menino instantes antes do início da aula, informou que ele tinha autismo e, logo em seguida, a atendente da academia informou que a criança não poderia fazer a aula.

Segundo elas, após informarem que filhos têm autismo, academia teria dito que crianças não poderiam ser matriculadas. A mãe afirma que questionou a atendente sobre a mudança repentina, mas não teve uma resposta satisfatória. Ela percebeu que ali não se tratava apenas de estar ou não cheia, de ter ou não vaga. Se tratava de preconceito mesmo, contou à TV Globo.

Duas mães relatam que tiveram dificuldade de matricular seus filhos autistas na rede de academias Corpo e Saúde, nas unidades de Taguatinga Norte e Samambaia, no Distrito Federal. Alyni Macedo diz que teve dificuldade de matricular o filho na natação, em Samambaia. A outra mãe, Alyni Macedo, moradora de Samambaia, conta que passou por uma situação parecida com a mesma rede de academia ao tentar matricular filho na aula de natação, em Samambaia.

De acordo com a lei 12.764 de 2014, é direito da pessoa com transtorno do espectro autista ter uma “vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer”. Além disso, é previsto que ela não seja privada de “sua liberdade ou do convívio familiar nem sofrerá discriminação por motivo da deficiência”.

“Nossas turmas costumam ter no máximo 7 alunos, porém quando recebemos uma criança com diagnóstico de autismo, reduzimos esse número para garantir uma atenção mais individualizada. Nesse caso, a turma já conta com um aluno autista, o que nos leva a trabalhar com apenas 6 alunos para manter a qualidade e segurança nas aulas. Ressaltou que não se trata de nenhum tipo de exclusão ou preconceito, mas sim de um cuidado necessário para garantir um ambiente seguro e adequado para todas as crianças.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp