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Maguito defende saída de dissidentes do MDB

Última atualização 22/03/2018 | 08:52

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e ex-governador de Goiás, Maguito Vilela afirmou que o grupo que anunciou apoio à pré-candidatura do senador Ronaldo Caiado (DEM) é de apenas cinco prefeitos do interior. “Eles não representam a maioria uma vez que o partido tem trinta e um prefeitos e querem candidatura própria e apoiam o pré-candidato deputado federal Daniel Vilela ao governo de Goiás”. Maguito disse que são políticos que vieram de outros partidos que não tem compromisso e histórico dentro do MDB.

Segundo ele, o prefeito de Catalão, Adib Elias, veio do PR; Paulo do Vale, prefeito de Rio Verde e o prefeito de Formosa, Ernesto Roller eram do PSDB; já o prefeito de Goianésia, Renato de Castro, saiu do PT para o MDB, tem histórico com o MDB. Maguito Vilela, que concedeu entrevista ao vivo ontem no estúdio do Diário do Estado, classificou o evento de apoio ao candidato do Democratas como desagregador e que a união que pregam não é das oposições e sim entre o DEM e o MDB.

O ex-prefeito de Aparecida criticou a maneira como Ronaldo Caiado tentou buscar essa parceria, tentando desestabilizar e provocar rachadura no partido. “Política você não ganha. Você conquista. Eles quiseram e arrombaram as portas do fundo. O MDB tem responsabilidade histórica, política e administrativa com o Estado,” reiterou. Maguito defende a candidatura própria do MDB, que sempre lançou candidato ao governo, e não será agora que vai deixar de fazê-lo.

Na visão dele, Daniel é o mais preparado para enfrentar as urnas  e tem 95% de aprovação interna  e ressaltou que não será com truculência que pretende enfrentar os problemas do estado. “Vamos apresentar um projeto factível, moderno, contemporâneo, eficiente que vai mudar a história do estado,” enfatizou.  O ex-governador de Goiás adiantou que Daniel pretende usar as ferramentas disponíveis na administração do estado e fazer um governo que vai priorizar as áreas da segurança, saúde e educação.

Sobre as alianças partidárias, Maguito reafirmou que o MDB respeita todos os partidos e está conversando com os líderes, presidentes e deputados de outras legendas que ainda não lançaram pré-candidatos ao governo. “Não fomos minar partido nenhum nas suas bases. Estamos dialogando com quem têm autoridade para dialogar,” ponderou.

Sobre o apoio do líder do MDB, Iris Rezende, Maguito garantiu que ele vai apoiar a candidatura de Daniel Vilela e que já foi declarado abertamente na imprensa goiana. Ao ser questionado sobre a demora na escolha do nome que será levado às urnas e como isso influencia no resultado da eleição, Maguito foi categórico. “Há tempo para arar a terra, de plantar e de colher. Estamos trabalhando na construção desse entendimento,” frisou.

Quanto a questão da vaidade dentro do partido na hora da escolha do candidato para concorrer às eleições, Maguito afirma que Iris nunca quis ser candidato nas últimas eleições e que sempre buscou a renovação e possibilidades de outros nomes. As candidaturas não vingaram. Mesmo sabendo que as pesquisas eleitorais apontam Caiado em primeiro lugar e Daniel em segundo lugar, o emedebista declarou que não tem influência neste momento político. “Pesquisa agora não tem a menor influência. Porque se tivesse, Lula ou Bolsonaro seriam presidentes do Brasil. Eu liderei a pesquisa em eleições passadas durante um ano e perdi em um mês para o ex-governador de Goiás, Alcides Rodrigues”, recordou.

O MDB está conversando com todos os partidos que ainda não apresentaram candidatos ao governo. Tem conversado com o PP do senador Wilder Morais, com o presidente nacional Ciro Nogueira, com  PSD de Wilmar Rocha, com o PT, mas sempre se dirigindo às pessoas quem têm autoridade para falar em nome dos partidos e as conversas estão bem evoluídas. Por fim, Maguito afirmou que não tem projeto político. Não será candidato a cargo nenhum. Vai dedicar-se à eleição de Daniel e fazer uma campanha de alto nível. Ele descartou a possibilidade de Daniel não ser candidato a governador. “A chance é zero. Isso não é correto, não é honesto. O jovem se lança candidato, harmoniza o partido, tem a maioria e depois desiste no meio do caminho. Isso não é característica das pessoas sérias. O candidato tem que seguir até o fim,” concluiu.