Maia afirma que votaria em Lula em segundo turno contra Bolsonaro

Ex-presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse hoje, em entrevista ao UOL, que em um eventual segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), votaria no petista. 

“Se esse fosse o segundo turno, com certeza [votaria em Lula]”, afirmou Maia, que apontou Bolsonaro como um “não democrata”.

“Eu não tendo a votar nulo ou branco, tenho sempre posições. No segundo turno, entre o candidato que eu considero democrático – que tem avanços importantes no Brasil, mas cometeu erros também- e outro que eu acho que não respeita as instituições democráticas, é óbvio que vou votar pela democracia”, disse Maia.

Maia afirmou não ter “dúvida nenhuma” de que “não há um respeito do presidente da República com o Supremo Tribunal Federal e com o Congresso Nacional, que são as bases da democracia brasileira”. 

Relembrando que em 2018, Maia votou em Bolsonaro no segundo turno contra o candidato do PT, Fernando Haddad. “Achava que o ministro Paulo Guedes [Economia] poderia apresentar as mudanças que o Brasil precisa, e não achava que o presidente tinha essa rede toda autoritária”, disse o deputado.

No entanto, Maia não se declarou arrependido de ter votado em Bolsonaro. “Eu tinha as informações de 2018. Eu não sabia que ele tinha toda essa estrutura na mão”, afirmou. 

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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