Maior parte das cidades goianas não vão exigir passaporte da vacina para adolescentes

O passaporte da vacina ou comprovante de vacinação contra a covid-19 recomendado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), já está presente em grande parte dos municípios goianos. A medida é recomendada para a entrada em: estádios, ginásios esportivos, vilas olímpicas, teatros, cinemas, salas de concerto, circos, casas de espetáculos, salões de festas, locais de visitação turística, museus, galerias e exposições de arte, parques de diversões, zoológicos, parques temáticos, parques aquáticos, feiras comerciais, conferências, convenções e eventos corporativos.

Entretanto, nesta segunda-feira (20), a prefeitura de Catalão, região Sudeste de Goiás, passou a exigir o documento para alunos acima de 12 anos, matriculados na rede municipal de ensino. De acordo com o decreto, os estudantes deverão apresentar a carteira de vacinação no ato da matrícula.

“É obrigatória, em todo o território do município de Catalão, a apresentação da carteira de vacinação dos alunos de 12 anos de idade ou mais, especialmente contra a Covid-19, no ato de suas respectivas matrículas, em todas as unidades escolares da rede pública municipal”,diz o decreto.

Ainda conforme o documento, todos os professores e servidores da cidade já foram vacinados com as duas doses ou com dose única do imunizante contra a covid-19. E por isso, os alunos também precisarão ser vacinados para entrarem na escola.

Municípios não avaliam medida

A estratégia, no entanto, não está em discussão na maioria dos municípios goianos. Procurada pelo Diário do Estado, a prefeitura de Goiânia diz não estudar a medida e que “não há legislação que embase essa exigência”.

Já Aparecida de Goiânia e Alto Paraíso de Goiás disseram que o passaporte de vacinação ainda é avaliado para a população maior de 18 anos. A medida para menores ainda não está em discussão.

Pirenópolis, Caldas Novas, Goianésia, Águas Lindas de Goiás, Senador Canedo e Goiás, ainda não avaliam adotar a medida para menores de 17 anos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp