A maior usina nuclear do mundo já tem data para retomar as suas atividades. Segundo o presidente da Tokyo Electric Power Co (TEPCO) — empresa responsável pelas operações da usina — o primeiro reator da unidade será reiniciado em 20 de janeiro. Tomiaki Kobayakawa deu declarações à imprensa nesta quarta-feira (24), dias após a aprovação da assembleia municipal de Niigata, região onde a usina está localizada, permitir a retomada parcial das operações. Esse é um momento decisivo no retorno do país à energia nuclear. A Kashiwazaki-Kariwa está fechada desde o terremoto e tsunami de 2011 que devastaram a usina de Fukushima Daiichi, no pior desastre nuclear desde Chernobyl.
Na segunda-feira (22), a assembleia da província de Niigata aprovou um voto de confiança no governador Hideyo Hanazumi, que apoiou a retomada das operações, permitindo que a usina voltasse a funcionar. Antes da votação, manifestantes se opuseram ao reinício das operações. Moradores locais temem os riscos envolvidos na retomada da usina, mesmo com promessas de investimento da TEPCO na região. A primeira-ministra Sanae Takaichi apoia a retomada das atividades nucleares para fortalecer a segurança energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados no Japão.
Com a retomada de Kashiwazaki-Kariwa, o fornecimento de eletricidade na região de Tóquio pode aumentar em 2%. O Japão planeja dobrar a participação da energia nuclear para 20% até 2040 para atender à demanda crescente. Apesar das preocupações públicas com a segurança, a retomada da usina é vista como crucial para cumprir as metas de descarbonização e redução da dependência de combustíveis fósseis. A aceitação pública da retomada das operações de Kashiwazaki-Kariwa é considerada fundamental para alcançar esses objetivos e garantir um suprimento confiável de energia no país.




