Maioria da bancada goiana votaria contra Reforma da Previdência

Em levantamento feito pelo jornal Estado de São Paulo, sobre os votos dos deputados federais na Reforma da Previdência, a bancada goiana se mostrou divida. Dos dezessete representantes goianos, seis se mostraram a favor, porém, todos apontaram ressalvas no texto. Sete são contra o texto, inclusive os deputados Daniel Vilela (PMDB) e Pedro Chaves (PMDB), que fazem parte do mesmo partido do presidente Michel Temer. Dois estão indecisos, Lucas Vergílio (SD) não quis responder e o petista Rubens Otoni não foi encontrado.

No placar total, a matéria da Reforma não passaria na Câmara Federal. Foram contabilizados 256 votos contra e 94 a favor, destes 83 apresentam ressalvas. Outros 163 não responderam, estão indecisos ou não foram encontrados. Para que a proposta do governo passe na Casa seriam necessários 308 votos favoráveis.

Na tarde desta quinta-feira (06), o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA) informou que cinco pontos seriam alterados, entre eles a regra de transição e de trabalhadores rurais. As mudanças ocorreram após reunião e autorização do presidente Michel Temer.

Veja como votaria os deputados goianos caso a votação fosse hoje:

Contra
– Célio Silveira (PSDB)
– Daniel Vilela (PMDB)
– Delegado Waldir (PR)
– Fábio Sousa (PSDB)
– Flávia Morais (PDT)
– Heuler Cruvinel (PSD)
– João Campos (PRB)


A favor

– Jovair Arantes (PTB). Ressalva: alteração da idade mínima para mulheres, regra de transição para homens com menos de 50 e mulheres com menos de 45
– Magda Mofatto (PR). Ressalva: alteração da idade mínima para mulheres e para homens, regra de transição para homens com menos de 50 e mulheres com menos de 45, sem exigência de 49 anos de contribuição
– Marcos Abrão (PPS). Ressalva: alteração da idade mínima para mulheres e para homens, regra de transição para homens com menos de 50 e mulheres com menos de 45, sem exigência de 49 anos de contribuição
– Pedro Chaves (PMDB). Ressalva: alteração da idade mínima para mulheres, regra de transição para homens com menos de 50 e mulheres com menos de 45, sem exigência de 49 anos de contribuição
– Roberto Balestra (PP). Ressalva: sem exigência de 49 anos de contribuição
– Thiago Peixoto (PSD). Ressalva: regra de transição para homens com menos de 50 e mulheres com menos de 45

Indecisos
– Alexandre Baldy (PTN)
– Giuseppe Vecci (PSDB)


Não respondeu

– Lucas Vergílio (SD)

Não encontrado
– Rubens Otoni (PT)

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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