Maioria das armas utilizadas no Brasil são de origem nacional, diz SSP

Em coletiva realizada nesta quinta-feira, 8, o Secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, apresentou resultados da pesquisa sobre os perfis e origem das armas utilizadas em crimes em 2017 em Goiás, a primeira pesquisa neste segmento em âmbito estadual.

Realizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), em conjunto com o Instituto Sou da Paz, a pesquisa analisou mais de 6 mil armas de fogo apreendidas entre julho de 2016 e agosto de 2017. Uma das conclusões mais importantes do estudo, foi em relação à desmistificação da origem das armas serem contrabandeadas. “Se acreditava anteriormente, como mito, que a maioria das armas utilizadas no Brasil eram de contrabando. Nós descobrimos que a maior parte delas são brasileiras. São armas curtas (calibre 38), desviadas de cidadãos comuns e da segurança privada”, explica Balestreri.

O Major Geyson Borba, Gerente do Observatório de Segurança Pública, ressalta a importância do estudo para a modificação das ações e estratégias realizadas pela polícia. “Ao chegar em um diagnóstico real de maneira comprovada de qual a origem dessas armas, nós podemos combater a causa raiz do problema. Para sabermos o que fazer, precisamos saber a causa e como elas estão chegando nas mãos dos bandidos”, afirma.

Além de poder traçar estratégias mais efetivas, a pesquisa contribuiu para a diminuição da criminalidade no Estado, tornando-os um dos estados que mais diminui estes índices no Brasil.

Incentivos

O descontrole das armas de fogo e o mal uso das mesmas são um dos focos da SSP. Como incentivo para o aumento dessas operações, há a oferta de R$300 por apreensão e cumprimento dos mandados de prisão, podendo ser realizados por policiais e bombeiros. “Com a certeza de que as armas são majoritariamente brasileiras, o descontrole das armas de fogo faz com que essas armas circulem nas ruas”, justifica o secretário Balestreri.

Outros incentivos foram implementados, como aumento do valor da hora extra nos dias mais complicados, como sexta, sábado e domingo e o aumento das vagas para polícia civil, militar e bombeiros. Tendo impacto direto na diminuição da criminalidade.

Estatísticas

Das 6.067 armas analisadas, 2.186 são de fogo industrial, 310 são artesanais e 521 são de simulação. Quanto às marcas, 47,72% são da Taurus (brasileira) e 13,04% são da Rossi, também brasileira. Quanto à nacionalidade, 3.663 (70,6%) são brasileiras e apenas 258 (5,0%) são americanas.  Dessas, das armas curtas, 2.738 são revólveres e  839 são pistolas. E das longas, 798 são espingardas e 22 são fuzis (0,4%).

Algumas das armas privadas, como as pistolas ponto 40, já tiveram sua origem identificada. “São privadas das forças policiais e exército, e foram identificadas como: metade contrabandeadas e vendidas para os países vizinhos, e a outra metade são extraviadas, perdidas, roubadas ou furtadas. Faremos um trabalho mais refinado, quantos aos fuzis, por exemplo. São armas fabricadas fora do Brasil e precisaremos fazer o rastreamento junto à polícia federal. Todo esse material será disponibilizado no final de fevereiro”, afirma o Major da PM, Geyson Borba.

 

 

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Goiás lidera crescimento econômico nacional com 3,5% em setembro

Goiás se destacou mais uma vez como o líder do crescimento econômico nacional em setembro, com um aumento de 3,5% na variação mensal, comparado ao mês de agosto. Este crescimento é mais de quatro vezes superior à média nacional, que foi de 0,8% no mesmo período. As informações são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), medido pelo Banco Central e analisado pelo Instituto Mauro Borges (IMB).
 
A atividade econômica goiana também apresentou um significativo avanço interanual, com um crescimento de 4,7% em setembro de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em 12 meses, o avanço goiano foi de 3,8%, enquanto no acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o crescimento foi de 2,4%.
 
O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, atribuiu o crescimento observado a investimentos estratégicos e setores em ascensão. “Mais uma vez a economia em Goiás se destaca entre as demais unidades federativas com o índice divulgado. O crescimento observado é fruto de investimentos estratégicos e setores em ascensão que contribuem para o nosso desenvolvimento econômico,” afirmou.
 
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) é um indicador considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e é utilizado para monitorar o desempenho da economia em bases mensais. Ele mede a evolução da atividade econômica, considerando dados de setores como indústria, comércio e serviços.

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