Maioria de internados com covid-19 não tomaram a vacina, diz estudo

Duas pessoas internadas em UTI. | Pesquisa do Instituto de Infectologia Emílio Ribas diz que 9 em cada 10 pacientes internados com a Covid-19 não estavam imunizados.

Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, mostra que nove em cada dez pacientes internados com a covid-19 não estavam imunizados. O estudo mostrou ainda que a probabilidade de óbitos foi 14 vezes maior em pessoas sem a vacinação, em comparação com quem estava com a imunização completa.

A análise foi feita ao longo de 2021 pelo Serviço de Epidemiologia do hospital e coordenado pela médica epidemiologista, Ana Freitas Ribeiro. Apesar de ser uma amostra, reflete uma máxima que outros estudos, já publicados ao redor do mundo, também concluíram: a vacina reduz quase 100% os casos graves da covid-19.

Dados

De janeiro até a primeira quinzena de setembro deste ano, 1.172 pessoas foram internadas por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) associada à covid-19 no Emílio Ribas. Deste total, 1.034 não tinham recebido nem a primeira dose de vacina. Foram consideradas vacinadas aquelas pessoas que tinham recebido a segunda dose há mais de 14 dias.

Apenas 138 pacientes tinham tomado pelo menos uma dose de vacina. Destes, 85 receberam apenas uma dose do imunizante e 53 estavam com o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única).

Faixa Etária

Outra análise mostrou que os pacientes que evoluíram para formas mais graves da covid-19 eram pessoas com mais de 50 anos e com algum tipo de comprometimento do sistema imunológico. O menor grupo foi o de jovens de 19 a 29 anos, representando 5% do total de pacientes (57 pessoas).

Entre aqueles que tinham esquema vacinal completo, não houve paciente na faixa etária de 19 a 29 anos. Além disso, 77% do total de internados tinham mais de 60 anos. Nestes casos, 83% tinham doenças pré-existentes.

Desde meados de setembro, o Ministério da Saúde distribui aos estados doses extras para vacinar, de forma complementar, idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos. De acordo com dados do governo federal, já foram vacinadas quase 2 milhões de pessoas com a dose de reforço em todo País.

Variante Delta

Logo quando surgiu, em meados deste ano, havia uma grande preocupação com a variante Delta e uma possibilidade de que o Brasil pudesse ter um novo avanço da doença, mas os números mostram que a vacinação funcionou para conter a mutação do coronavírus.

Apesar da vacinação ter começado em ritmo lento, atualmente, cerca de 1 milhão de doses de vacina são aplicadas todos os dias. Reflexo do avanço da vacinação é a desaceleração do número de óbitos. Entre as marcas de 400 mil mortes e 500 mil mortes foi um intervalo de 51 dias. Já entre 500 mil e 600 mil – alcançada na sexta-feira, 8 – foram 111 dias.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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