Na última reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades no serviço de saúde no município, o vereador Elias Vaz (PSB), denunciou a falta de atendimento odontológico para crianças especiais em Goiânia. São crianças com deficiência neurológica, como a microcefalia, paralisia cerebral, Síndrome de Down e autismo que precisam de anestesia geral para passar por procedimentos odontológicos e a Prefeitura de Goiânia não fornece o serviço.
Segundo Elias, mais de 100 crianças aguardam atendimento, o que fez com que, mesmo em recesso, os vereadores da CEI protocolem nos próximos dias, representação junto ao Ministério Público de Goiás(MP-GO) para que o caso seja investigado. Eles também vão levar informações para a Defensoria Pública, para que seja movida uma ação civil publica em defesa das crianças.
Na sexta-feira, o o diretor do Fundo Municipal de Saúde, Cássio Muriel da Silva foi ouvido na CEI da Saúde, onde afirmou que a dívida atual da secretaria de Saúde é de R$10 milhões ao mês. O diretor contrariou afirmação da secretária Fátima Mrué e disse que o dinheiro que paga o mestrado de duas servidoras concursadas em nível fundamental e médio é oriundo do Fundo Municipal.
De acordo com ele, os recursos recebidos são insuficientes para pagar hospitais e comprar insumos. O presidente da CEI, Clécio Alves (PMDB), solicitou os comprovantes dos três últimos repasses do Fundo e os próximos que forem feitos. A ex-diretora de Regulação, Avaliação e Controle da secretaria de Saúde, Daniela Domiciano, também seria ouvida, mas não foi encontrada pela CEI. A próxima reunião da CEI será em fevereiro, quando convocará para depoimento o ex-secretário de Saúde Fernando Machado.