Mais de 100 crianças especiais estão sem atendimento odontológico

Na última reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades no serviço de saúde no município, o vereador Elias Vaz (PSB), denunciou a falta de atendimento odontológico para crianças especiais em Goiânia. São crianças com deficiência neurológica, como a microcefalia, paralisia cerebral, Síndrome de Down e autismo que precisam de anestesia geral para passar por procedimentos odontológicos e a Prefeitura de Goiânia não fornece o serviço.

Segundo Elias, mais de 100 crianças aguardam atendimento, o que fez com que, mesmo em recesso, os vereadores da CEI protocolem nos próximos dias, representação junto ao Ministério Público de Goiás(MP-GO) para que o caso seja investigado. Eles também vão levar informações para a Defensoria Pública, para que seja movida uma ação civil publica em defesa das crianças.

Na sexta-feira, o o diretor do Fundo Municipal de Saúde, Cássio Muriel da Silva foi ouvido na CEI da Saúde, onde afirmou que a dívida atual da secretaria de Saúde é de R$10 milhões ao mês. O diretor contrariou afirmação da secretária Fátima Mrué e disse que o dinheiro que paga o mestrado de duas servidoras concursadas em nível fundamental e médio é oriundo do Fundo Municipal.

De acordo com ele, os recursos recebidos são insuficientes para pagar hospitais e comprar insumos. O presidente da CEI, Clécio Alves (PMDB), solicitou os comprovantes dos três últimos repasses do Fundo e os próximos que forem feitos. A ex-diretora de Regulação, Avaliação e Controle da secretaria de Saúde, Daniela Domiciano, também seria ouvida, mas não foi encontrada pela CEI. A próxima reunião da CEI será em fevereiro, quando convocará para depoimento o ex-secretário de Saúde Fernando Machado.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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