Mais de 100 mil raios já caíram sobre Goiás só em fevereiro

Fevereiro ainda não terminou e Goiás já registrou mais de 100 mil raios no mês, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Apesar do número expressivo, o gerente do órgão afirma que está dentro da normalidade. André Amorim explica que o fenômeno é comum durante o verão brasileiro e se dá por causa das nuvens de tempestade que se formam neste período.

“Especialmente no verão, nós temos a formação de nuvens que chamamos de ‘Cumulonimbus’ (nuvens de tempestade). Toda vez que se formam essas nuvens, elas são acompanhadas de rajadas de ventos e raios. Então, nós temos realmente uma grande quantidade de raios aqui no estado de Goiás”, explicou André Amorim.

Ainda de acordo com a Cimehgo, no Brasil a média de raios anual é de mais de 70 milhões. Já em Goiás, ela é 5 milhões. Neste ano, os municípios da região Norte do estado foram os que mais registraram descargas elétricas.

Fenômeno é extremamente perigoso e requer alguns cuidados.

“É muito bonito de se ver e de se observar, mas implica em bastante cuidado, porque já tivemos vários acidentes, infelizmente com mortos, porque os raios são extremamente perigosos. Na iminência de uma tempestade, é importante, com chuva ou sem chuva, procurar um local seguro e evitar usar eletroeletrônicos, especialmente celulares ligados à tomada”, disse.

Relembre um caso

Em dezembro do ano passado, uma descarga elétrica causou a morte de 12 vacas e cinco bezerros na zona rural de Jataí, município localizado na região Sudoeste de Goiás, a 292.88 km de Goiânia. O fato ocorreu após queda de um raio durante forte chuva na região.

O gato estava no pasto quando um raio atingiu uma árvore. Por estarem próximos do local, os animais sofreram uma descarga elétrica.

Gado morto após raio cair em árvore, em Jataí.

Previsão do tempo

De acordo com a Cimehgo, a previsão é de mais chuva nesta semana em todo o estado. A expectativa é de maiores volumes de água nas regiões Sul e Sudeste de Goiás. No entanto, o corredor de umidade, formado pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) perde força nesta terça-feira (22), deixando o tempo mais firme em algumas regiões.

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