Mais de 14 mil procedimentos não foram realizados na saúde pública

Um estudo inédito revela que 14.643 procedimentos hospitalares deixaram de ser realizados durante a pandemia no Centro-Oeste. O estudo divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não segmenta os dados por estado. Em todo o País, 1.102.146 de pessoas ficaram na fila de espera entre 2020 e 2022, sendo 398.729 no Sudeste, 367.560  no Nordeste,  262.873 no Sul e 23.268  no Norte.

“Algumas regiões do país apresentam déficit considerável de atendimentos clínicos e procedimentos cirúrgicos que podem evoluir com complicações. Além disso, a demanda reprimida nos exames e diagnósticos representam problemas para agravamento de condições clínicas não atendidas a tempo”, afirmam pesquisadores  do MonitoraCovid-19 e do Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess). 

O maior represamento no Centro-Oeste foi de cirurgias do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal. No caso de tratamentos clínicos houve redução da fila entre o ano passado  e neste ano, ao contrário de procedimentos cirúrgicos do aparelho digestivo, das vias aéreas superiores e do aparelho circulatório que não tiveram modificação na  demanda. No total, o número total de procedimentos represados é em relação à média do período 2014-2019. 

“Procedimentos com finalidades diagnósticas e cirúrgicas apresentaram expressiva diminuição desde 2020. Em algumas causas, observa-se recuperação dos níveis históricos de atendimento, entretanto a oscilação observada no período pandêmico apresenta relação temporal direta com ondas de aumento de casos subsequentes de Covid-19 no país, possivelmente relacionada ao impacto da atenção à doença nos serviços de saúde”, destaca o documento.

De forma geral, a assistência limitada resultou em menos internações hospitalares, em agravamento de algumas doenças e mortes indiretas à covid. O glaucoma e catarata foram citados como exemplos de comprometimento a longo prazo. Por isso, os pesquisadores envolvidos no estudo ressaltaram a importância de investimentos na atenção e na promoção da saúde. 

“Os desafios do SUS nos próximos anos são enormes, tanto pelo passivo adquirido durante a pandemia, quanto pelos cuidados pós-Covid que eventualmente o sistema terá que tratar”, destaca o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da (Icict) da Fiocruz, Diego Xavier.

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Pesquisa Quaest revela que Caiado faz história em Goiás

Detalhes da pesquisa indicam que o governador é bem avaliado em todos os segmentos sociais; a população aprova os principais serviços e expressa satisfação em viver em Goiás.

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) encerra 2024 com razões significativas para comemorar. Além de um desempenho notável nas eleições municipais, onde conseguiu eleger aliados na maioria das cidades, os dados da pesquisa Genial/Quaest refletem uma gestão que já se destaca na história de Goiás. Caiado alcançou uma aprovação de 88% entre os goianos, um feito inédito para um governador desde o início das pesquisas de opinião.

Os detalhes da pesquisa revelam que a aprovação do governador é praticamente uniforme entre todos os estratos sociais. Sua gestão apresenta uma avaliação positiva de 74% (soma de ótimo e bom), enquanto 18% a consideram ‘regular’ e apenas 4% fazem uma avaliação negativa (classificando como ruim ou péssimo).

Regionalmente, o governo Caiado possui uma avaliação positiva de 71% em Goiânia. Na Região Metropolitana, esse índice é de 77%, e no interior, atinge 75%. A reprovação é mínima: apenas 6% na capital, 4% no interior e 1% na Região Metropolitana. A aprovação é de 71% entre as mulheres e 77% entre os homens.

Entre os jovens (16 a 30 anos), a aprovação do governo Caiado é de 69%, aumentando para 76% entre aqueles de 31 a 50 anos e chegando a 78% entre os mais velhos (51 anos ou mais). Em relação à escolaridade, 71% dos que têm ensino fundamental ou médio aprovam o governo, enquanto esse índice sobe para 82% entre os graduados.

No que diz respeito à renda, a aprovação se estende tanto aos mais pobres quanto aos mais ricos. Entre aqueles que ganham até 2 salários mínimos, a aprovação é de 70%, subindo para 75% entre os que recebem entre 2 e 5 salários mínimos, e alcançando 76% para quem ganha mais de 5 salários mínimos. Caiado também é bem avaliado por católicos (77%) e evangélicos (73%).

Por fim, a Quaest cruzou a avaliação do governador Ronaldo Caiado com a preferência dos eleitores nas eleições presidenciais de 2022. O governo Caiado é aprovado por 72% dos votantes do presidente Lula (PT) e por 80% dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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