Mais de 2 mil imigrantes são resgatados no Mediterrêneo

Um total de 2.074 imigrantes foram resgatados nas últimas horas de hoje (15) na região do Mediterrâneo Central e esse número aumentará, já que há várias operações de resgate em andamento, informaram fontes da Guarda Costeira italiana. As informações são da Agência EFE.

Ontem (14) foram feitas 19 operações de resgate de três pequenos botes de madeira e 16 botes infláveis, em uma das quais estava o corpo de um jovem.

O corpo do adolescente foi encontrado no fundo da lancha durante o resgate realizado pela embarcação Aquarius, operada pela organização Médicos sem Fronteiras (MSF), comunicou a ONG em sua conta no Twitter.

Prudence e Aquarius, as duas embarcações da MSF no Canal da Sicília, a faixa de mar que separa a Itália da costa da África, se ocuparam do resgate de cerca de mil imigrantes.

A Guarda Costeira italiana, que coordena as operações de resgate nesta área do Mediterrâneo, informou que o número de pessoas socorridas deve aumentar, já que estão realizadas várias operações que durarão todo o dia.

Segundo os dados divulgados pela Fundação italiana ISMU, instituto independente que estuda os fenômenos migratórios, nos primeiros três meses do ano chegaram à Itália 24 mil imigrantes, destes 2.293 menores não acompanhados.

Estes números representam um aumento de 30% nas chegadas de imigrantes à Itália em relação ao mesmo período do ano anterior e ao recorde de 10 mil somente no mês de março.

Fonte: Agência Brasil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos