Mais de 20 postos são notificados por aumento de preços na Grande Goiânia

Procon notifica distribuidoras e postos por aumento de preços na Grande Goiânia

Nesta quarta-feira, 4, o Governo de Goiás, por meio da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor em Goiás (Procon Goiás), iniciou uma operação na Região Metropolitana de Goiânia. O intuito é fiscalizar e notificar refinarias, distribuidoras e postos de combustíveis pelos recentes aumentos nos preços. Até o momento, 21 postos e cinco distribuidoras foram notificados.

A fiscalização do Procon aos postos e distribuidoras

No primeiro dia da ação do Procon Goiás, cinco distribuidoras em Senador Canedo e 21 postos de combustíveis receberam equipes de fiscalização. Além disso, houve a determinação do prazo de até 48 horas para apresentação de documentos, como notas fiscais de compra e venda, e relatórios sobre a evolução dos custos de frete e transporte mantidos pelos estabelecimentos comerciais.

Em caso de infração, a multa pode chegar a R$ 11 milhões. Nesta quinta, 5, mais 35 distribuidoras receberão notificação da entidade, que focará atenção ainda em outro setor do ramo de combustíveis, as refinarias de álcool. A fiscalização do Procon Goiás segue até a próxima sexta-feira, 6. A expectativa é de que haja um mutirão durante o fim de semana para averiguação dos dados.

Preços dos combustíveis vão subir ou cair nos próximos dias?

Márcio Andrade, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto Goiás), contou ao Diário do Estado (DE) que não há como prever se o preço dos combustíveis vai subir ou cair nos próximos dias. “O governo federal deve rever a política da Petrobras, o dólar está subindo, então é um cenário muito nebuloso”, afirma.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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