Mais de 200 mil raios caíram em Goiás nas primeiras semanas de 2023

tempestade

Entre os dias 1º e 23 de janeiro de 2023, 1,3 milhão de descargas elétricas foram registradas em Goiás, sendo 218 mil desses atingindo o solo, segundo os dados do Climatempo. Os especialistas ainda afirmam que o estado possui grandes campos abertos, o que acaba funcionando como chamarizes para esses raios, que podem atingir pessoas e até matar.

De acordo com a gerente do Instituto Nacional de Meteorologia em Goiás (Inmet), Elizabeth Alves, que durante o verão, a junção de umidade e ar quente propicia ainda mais a formação de nuvens de tempestades que geram descargas elétricas, como a cumulonimbus.

“Tem uma geração de energia dentro dessa nuvem que faz com que tenha essa liberação de energia e ocorram descargas elétricas”, explicou Elizabeth.

Enquanto a meteorologista Josélia Pegorim, explica que Goiás reúne condições que atraem raios. “É um estado muito agrícola. Então você tem grandes campos abertos e aí é um perigo, porque a descarga elétrica atmosférica vai procurar o menor caminho para chegar ao solo”.  Ela ainda destaca que o mais indicado em tempestades, caso a pessoa esteja ao ar livre, é ficar agachado ou deitado com a cabeça coberta, e jamais ficar embaixo de árvores.

Acidentes recentes

Na última sexta-feira, 20, dois acidentes graves com raios foram registrados em Goiás. Um deles foi o caso de uma caminhonete que ficou “derretida” por dentro após ser atingida por um descarga elétrica na BR-20, entre as cidade de Posse e Simolândia, noroeste do estado.

Enquanto em Montes Claros de Goiás, no oeste do estado, um menino de 12 anos ficou ferido após ser atingido por um raio enquanto cavalgava em uma fazenda. O animal infelizmente não resistiu à descarga e faleceu.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp