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Mais de 22% da população goiana sofre com pressão alta

Última atualização 25/04/2023 | 10:00

Mais de 1,135 milhão de pessoas acima de 18 anos em Goiás sofrem de hipertensão arterial ou pressão alta, o que corresponde a 22,05% da população adulta do estado, que chega a registrar mais de dois óbitos por hora (2,63) em função de complicações ligadas à doença, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de Goiás (SES-GO).

 

No Brasil, o problema atinge cerca de 38 milhões de pessoas, o equivalente a 26,3% da população adulta, segundo levantamento do Ministério da Saúde (MS). Dados de uma pesquisa divulgada em 2022 pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), órgão do MS, revelam ainda que o número de brasileiros acima de 18 anos diagnosticados com pressão alta crônica aumentou 3,7% em 15 anos. No mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a hipertensão é uma condição crônica que afeta cerca de um bilhão de pessoas.

 

Considerada silenciosa, faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal e acaba comprometendo o funcionamento de outros órgãos, por isso a melhor forma de combate do problema é a prevenção e adoção de hábitos mais saudáveis. Por isso, o Ministério da Saúde instituiu o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, celebrado no próximo dia 26 de abril.

 

A farmacêutica da Rede Santa Marta, Jane Pacheco explica na prática o que é a hipertensão. De acordo com a farmacêutica, a pressão sanguínea do nosso corpo é determinada pela força do sangue contra a parede das artérias e o volume de sangue que o coração bombeia.

 

“O que chamamos de pressão alta é caracterizado pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9, sendo que o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa”, explicou.

 

Pontos de atenção

 

Um dos principais pontos de atenção para o desenvolvimento de um quadro crônico de hipertensão, segundo esclarece Jane, é a idade mais avançada, pois é um fator capaz de alterar os padrões da pressão sanguínea. “Por isso, uma pequena elevação nos valores da pressão arterial é aceitável à medida que o paciente envelhece. Vale lembrar também que os valores de pressão sofrem oscilações ao longo do dia, e isso é normal”, diz Jane.

 

A farmacêutica explica também que a hipertensão durante a gestação merece atenção especial, devido às complicações que podem gerar tanto para a mãe quanto para o bebê. “A pressão alta que se desenvolve na gravidez pode se resolver após a gestação. Por isso a importância de se fazer o pré-natal corretamente, para monitorar e tratar o quanto antes”, afirma Jane

 

A obesidade, o histórico familiar, o alto nível de estresse, o estilo de vida, o uso de bebidas alcoólicas em excesso, o tabagismo, o sedentarismo e o envelhecimento estão entre os fatores associados ao desenvolvimento da hipertensão. “O sobrepeso, que pode acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença e outra causa é o consumo exagerado de sal, associado a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da hipertensão, podendo causar complicações como infarto e AVC”, diz Jane.