Mais de 22 mil militares da Força Nacional desfilam neste 7 de setembro

Mais de 22 mil militares da Força Nacional desfilam neste 7 de setembro

O desfile das forças armadas brasileiras, neste 7 de setembro, contará com mais de 22 mil militares nas ruas de todo País. Além disso, uma força-tarefa será montada para evitar manifestações violentas no Dia da Independência.

A força-tarefa de 7 de setembro

Após os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, as forças de segurança pública trabalham com o risco de confusão por parte dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), segundo o portal Metrópoles.

A força-tarefa conta com representantes dos ministérios da Defesa, da Justiça, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Só para o desfile em si, serão mais de 17 mil militares do Exército nas ruas em todo País.

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) já informou que atuará com foco na identificação de ameaças e incidentes que tenha potencial de prejudicar o direitos fundamentais e de colocar em risco a segurança de autoridades e dos participantes dos eventos. Para isso, a ABIN está mobilizando, nesta quarta e quinta-feiras, o Centro de Monitoramento, em Brasília (DF).

Além de Brasília, as superintendências estaduais da ABIN também acompanharão os eventos nas capitais, contribuindo com envio de informações relevantes e oportunas para difusão pelo Centro de Inteligência, na capital federal.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp