Mais de 28 mil empresas são abertas em Goiás

Goiás recebeu 2.615 novas empresas no mês de outubro. No somatório do ano, de janeiro a outubro de 2023 o Estado registra 28.398 negócios abertos. Este número, conquistado a dois meses do término de 2023, indica que Goiás pode bater seu próprio recorde em dezembro. A marca histórica é de 2021, com 33.082 novas constituições empresariais. Os dados são da Junta Comercial de Goiás (Juceg).

Para o presidente da Juceg, Euclides Barbo Siqueira, a expectativa é alcançar o recorde no último mês do ano, já que faltam 4.685 empresas para se alcançar a marca histórica e a média mensal deste ano é 2.840 constituições. “Se olharmos pela média, com tranquilidade chegaremos lá porque ultrapassa o número. E ainda temos que considerar que estamos em época de fim de ano, quando as pessoas se encorajam para empreender porque tem 13º salário na praça e compras em alta com as festividades de natal e réveillon. Ou seja, o cenário é super favorável,” diz.

O acumulado de 2023 também traz outros detalhes: dos 28.398 novos negócios abertos em Goiás, 13.050 contam com mulheres no quadro societário e 1.358 possuem capital superior a R$ 500 mil.

Hoje, Goiás tem 1.095.457 empresas em seus municípios, sendo quase um terço delas, ou 31,64%, na capital. Goiânia (335.788), Aparecida de Goiânia (80.905), Anápolis (64.204), Rio Verde (34.635), Valparaíso de Goiás (24.391) e Luziânia (23.907) puxam o ranking das cidades que mais possuem empresas no estado.

Outubro

No mês de outubro os empreendimentos que mais abriram portas no Estado foram: serviços combinados de escritório e apoio administrativo (274), comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (185), comércio varejista de bebidas (183), preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente (171) e treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial (179).

Também em outubro, o Estado continua liderando o ranking de abertura de novos negócios entre as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, segundo dados divulgados pelo governo federal por meio do Portal da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas (Redesim). O estado do Ceará ficou em segundo lugar, com 2.246 empresas e, em terceiro, Mato Grosso, com 2.104 novos empreendimentos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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