Mais de 30% dos brasileiros acreditam que a economia é o maior problema do País

Gastos excessivos com a máquina pública estão entre os motivos das dívidas

De acordo com uma pesquisa Quaest, cuja divulgação ocorreu nesta quarta-feira, 19, a maior parte dos brasileiros acredita que a economia é o principal problema do País. No índice, 31% das pessoas opinaram dessa forma. Para a realização do estudo, relativo a abril, os responsáveis fizeram 2.015 entrevistas presenciais com eleitores com 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 16 de abril.

Economia no centro dos problemas do Brasil

A pesquisa Quaest levou em conta sete categorias. A economia (31%) liderou o índice de maiores problemas do Brasil. Questões sociais (22%), incluindo fome/miséria, desigualdade e pobreza/gente nas ruas, aparece em segundo lugar. Em seguida, estão corrupção, violência e saúde/pandemia, com 12% cada, e educação (5%). Ainda, 5% não souberam ou não quiseram responder às questões.

A preocupação com a economia é maior entre aqueles que recebem mais de cinco salários mínimos, com 37%. Além disso, a porcentagem subiu consideravelmente entre essa parcela da população em comparação com fevereiro, quando o índice era de 25%. Quanto às pessoas que recebem cinco salários mínimos ou menos, os números se mantiveram dentro da margem de erro de 2,2 pontos.

Apesar de mais de um quarto dos brasileiros acreditarem que a economia é o maior problema na atual gestão do presidente Lula, a porcentagem era mais alta na época de Bolsonaro. Inclusive, isso aconteceu entre os mais ricos, com um pico de 59% em março de 2022.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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