Mais de 560 mil goianos precisam regularizar o título para votar em outubro

A pedido do Diário do Estado, o Tribunal Regional do Estado de Goiás (TRE-GO) levantou dados sobre a situação do título de eleitor dos goianos. Atualmente, o estado tem 4.750.377 eleitores aptos a votar no dia 2 de outubro. Por outro lado, 11% do eleitorado está com o título cancelado e pouco menos de 1% tem o documento suspenso, o que equivale a 564.926 pessoas. Nos dois casos, fica-se impedido de ir às urnas. O prazo para regularização vai até 4 de maio.

O cancelamento do título pode acontecer por dois motivos: ausência a três eleições seguidas, sem justificar e sem pagar as multas, ou não comparecimento na revisão para coleta de biometria, sendo que a última aconteceu em 2018. No eleitorado goiano, 177.128 (3,73% do total) estão com título cancelado por não terem votado em eleições passadas sem justificativa. Por outro lado, a maioria dos cancelamentos (348.004, ou 7,32% do eleitorado total) se deu pela falta de atualização biométrica.

Outra situação que impede de votar é a do título suspenso, que pode se dar por dois motivos. Os conscritos, que são jovens cumprindo período de serviço militar obrigatório. Em Goiás, são 1.870 nesta situação (0,05% do eleitorado atual). As Forças Armadas comunicam à Justiça Eleitoral quando o período de serviço termina, mas o próprio eleitor pode apresentar o certificado no Cartório Eleitoral e requerer a regularização. O título também pode ser suspenso por decisão judicial e, nesta situação, estão 37.924 ou 0,8% do eleitorado goiano atual. São casos de sentença judicial transitada em julgado. A inscrição será regularizada no término da sanção.

Como regularizar o título de eleitor

Vai até 4 de maio o prazo para emitir o título de eleitor pela primeira vez, regularizar a inscrição (seja porque está cancelada, seja por suspensão), atualizar dados ou ainda mudar a cidade onde vota (domicílio eleitoral).

A solicitação pode ser feita pela internet, no site do TRE-GO, onde também é possível consultar a situação do título. No lado direito da tela, clique em “Atendimento Remoto”. A partir daí, o passo a passo estará explicado ao eleitor. Clique aqui para acessar a lista de cartórios eleitorais e seus contatos, incluindo WhatsApp. Eles podem ser procurados para sanar dúvidas.

Número de jovens eleitores aumenta

Para os goianos de 16 ou 17 anos de idade, votar nas eleições deste ano é um direito, mas ainda não se tornou obrigatório. Em Goiás, segundo o TRE, a procura desta faixa etária para tirar o título aumentou 180% nas duas últimas semanas.

No final do mês de fevereiro, este eleitorado estava em, aproximadamente, 30 mil. Nas duas semanas passadas, o número de novos títulos tem sido de 560, em média, contra a faixa de 200 novos alistamentos desde o início do ano. Hoje, Goiás possui 42.805 eleitores nesta faixa etária. O equivalente a 41% do total da população de 16 ou 17 anos que vive no estado.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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