Mais de 600 detentos das unidades prisionais de Goiás fazem prova do Enem

Unidades prisionais do Estado de Goiás receberam, neste domingo (09), a primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio para pessoas privadas de liberdade ou sob medida socioeducativa. No total, 611 presos realizaram a prova em 39 unidades. Entre elas, destaca-se a Unidade Prisional Regional (UPR) de Anápolis, com 115 presos inscritos.

Um levantamento feito pela Gerência de Educação da Diretoria-Geral da Administração Penitenciária (DGAP) mostra que houve um aumento de 60% no número de inscritos. Em 2020, 382 detentos realizaram as provas.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avalia o desempenho escolar de estudantes ao término do ensino médio e tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no país, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Instituições de ensino superior públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem como parâmetros para acesso a auxílios governamentais, como proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As provas são aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença é que a aplicação ocorre dentro de unidades prisionais indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional de cada estado.

 

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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