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Mais de 70% das propagandas políticas do Google estão em situação irregular

Última atualização 21/11/2023 | 09:22

De acordo com levantamento do grupo de pesquisa NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mais de 70% das propagandas políticos do Google estão em situação de irregularidade. Esses anúncios não contêm informações obrigatórias para veiculação, segundo dita o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desta forma, 7 em cada 10 propagandas do portal contam com violações das normas eleitorais.

Propagandas irregulares no Google

No total, o levantamento do NetLab reuniu 4.350 propagandas políticas no Google entre 15 e 30 de agosto, nas duas primeiras semanas das Eleições 2022. Dentro desse número, 3.098 (71,21%) não exibiram CNPJ do anunciante ou o fizeram de forma ilegível. Em alguns desses casos, não havia também a marcação de “propaganda eleitoral”.

Outras três propagandas estavam irregulares, pois a empresa Approved Empreendimentos Digitais pagou pelo impulsionamento de anúncios no Google, Facebook e Instagram. A Lei não permite essa conduta, sendo que só os partidos políticos, coligações, representantes, federações ou os próprios candidatos podem fazê-lo.

A Folha de S. Paulo procurou o Google, que se manifestou a respeito do assunto. “É responsabilidade do anunciante observar as regras sobre publicidade eleitoral estabelecidas pelo TSE, como a inclusão do CNPJ ou do CPF de quem está pagando, como previsto em nossa Central de Ajuda”, diz a nota oficial.

O NetLab é um grupo de pesquisa formado por doutores, pós-graduandos e graduandos, com o objetivo de promover pesquisas sobre os usos sociais das novas tecnologias. O laboratório traça análises a respeito de como metadados e algoritmos influenciam na vida cotidiana.