O Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO) resgatou 79 piauienses de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda no município de Acreúna. A operação ocorreu entre os dias 7 e 16 de fevereiro, um total de 139 pessoas foram para trabalhar no plantio de cana-de-açúcar. Eles trabalhavam de forma irregular desde setembro de 2022, além do Piauí, havia trabalhadores da Bahia, Maranhão e Pernambuco.
Os funcionários foram atraídos com promessas de que receberiam salários entre R$ 2 mil a 5 mil por mês. No entanto, ganhavam apenas uma diária, tinham que pagar pela alimentação e passagens dos ônibus que os trouxeram de outros estados. Além dessas irregularidades, foi identificado que havia descontos indevidos nos salários, não recebiam 13º e férias corretamente, como também, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não era devidamente recolhido.
A situação foi descoberta após uma denúncia registrada no site do ministério, em seguida, foi feita uma ação que resultou no resgate. De acordo com o MPT, eles trabalhavam de forma forçada, com jornadas exaustivas, se submetiam a situações degradantes de trabalho.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho do Piauí (MPT-PI), os piauienses são dos municípios de Oeiras, Barra D`Alcântara, Inhuma, José de Freitas, São Raimundo Nonato, Tanque do Piauí, Arraial e Gilbués.