Mais de 90 nelores são encontrados mortos em fazenda de Guarani de Goiás; Dezenas já estavam definhando

Um homem foi preso nesta quarta-feira, 28, por maus-tratos contra animais e exploração de madeira, em Guarani de Goiás, região Leste de Goiás. De acordo com a Polícia Civil (PC), no local, dezenas de bovinos da raça nelore já estavam definhando e próximos da morte. Além disso, cerca de 90 carcaças de animais, mortos por falta de cuidados alimentares, foram encontradas.

90 carcaças de animais, mortos por falta de cuidados alimentares (Foto: Divulgação / PC)

Os policiais chegaram até a região rural do município, após uma denúncia anônima. A operação, que resultou na prisão do suspeito, foi uma ação integrada com a Delegacia de Iaciara, a Polícia Militar e o Batalhão Rural de Posse, o 12º Núcleo da Polícia Técnico Científica, Agrodefesa e Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Guarani de Goiás.

Local do crime (Foto: Divulgação / PC)

Na fazenda, as equipes constataram a veracidade da denúncia. Lá, os policiais se depararam com centenas de animais, extremamente desnutridos, perdendo a vida. Vários bovinos da raça nelore já estavam definhando e próximos da morte. Os agentes também encontraram cerca de 90 carcaças de animais, mortos por falta de alimentos.

Para os investigadores, o responsável pela propriedade afirmou que não havia pasto ou outro tipo de alimento suficiente para o sustento dos animais. Além disso, ele também confessou que a exploração ilegal de madeira era praticada no local.

Agora, o caso fica a cargo da Delegacia de Polícia de Posse, que em seguida, deve colocar o inquérito à disposição do Poder Judiciário.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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