Motoristas com CNH suspensa ou cassada em Ribeirão Preto e Franca passam de mil em 2024, diz Departamento de Trânsito

Ao todo, 1.097 condutores ficaram com a habilitação restrita por causa de infrações severas, como embriaguez ao volante e prática de manobras arriscadas.

Mais de mil CNHs foram suspensas ou cassadas em Ribeirão Preto e Franca em 2024

Dados divulgados pelo Detran de São Paulo mostram que 1.097 motoristas tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa ou cassada em 2024 em Ribeirão Preto (SP) e em Franca (SP) por causa de infrações graves.

De acordo com o órgão de fiscalização, em Ribeirão Preto, foram 195 carteiras cassadas e 605 suspensas. Já em Franca, 108 motoristas tiveram a habilitação cassada e outros 189, suspensa.

Entre as principais causas das punições estão a recusa ao teste do bafômetro, a direção em alta velocidade e a prática de manobras perigosas de motociclistas. Suspensão ou cassação têm caráter educativo e preventivo.

“O fundo de tudo é evitar mortes no trânsito, para que a pessoa tenha um momento de conscientização durante esse período que ela vai estar suspensa ou cassada, para que evite tomar novas infrações, ou cause perigo no trânsito”, diz o advogado Mario Bassi.

O engenheiro civil Henrique Fávero, que convive diariamente com o trânsito das grandes cidades, observa a falta de respeito às leis de trânsito, o que reflete diretamente nas infrações cometidas.

“O pessoal não respeita muito a lei de trânsito, não dá seta, não sabe ter uma harmonia no trânsito”, afirma.

Recentemente, em Franca, um motorista embriagado foi preso em flagrante após causar uma série de acidentes. Em Ribeirão Preto, radares da RP Mobi, empresa que gerencia o trânsito, flagraram veículos circulando a mais de 150 km/h dentro da cidade, um comportamento que coloca em risco a vida de todos que compartilham as vias urbanas.

Além disso, as manobras perigosas feitas por motociclistas também têm sido uma preocupação constante.

A punição para os infratores pode ser severa, com consequências que vão desde a suspensão até a cassação da CNH.

“Tendo a carteira cassada, o primeiro vai poder apresentar suas defesas, e não aceitas, ele terá que ficar uns dois anos sem poder dirigir e terá que reabilitar, matricular numa autoescola, em um CFC e fazer todo procedimento novamente, assim como se tivesse tirando a primeira habilitação. Já a suspensão da CNH, embora menos grave, também exige que o motorista passe um tempo sem poder dirigir, variando entre dois meses e um ano, dependendo da infração”, diz Bassi.

A professora Michele Marinho afirma que conscientização e educação no trânsito são essenciais para evitar que mais vidas sejam colocadas em risco.

“A gente necessariamente precisava de uma educação no trânsito, né, e colaborativa de ambas as partes, tanto do motorista como também do pedestre, que muitas das vezes não respeita, e, nós, motoristas, também porque muitas das vezes a gente falha.”

A advogada Ana Ritzel também se preocupa com a velocidade no trânsito e com o comportamento de motoristas imprudentes.

“Eu ando bem tranquila, então assim, quando eu vejo um carro em alta velocidade, eu acabo tomando cuidado”, diz.