A Enel anunciou nesta quinta (21) mais um aumento na conta de energia elétrica para os goianos. As tarifas serão reajustadas com base em reajuste aprovado anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) às distribuidoras. Em vigor a partir de amanhã, sexta (22), o novo acréscimo será de 16,37% para clientes residenciais. Para clientes de média e alta tensão, como indústrias e comércios de grande porte o reajuste será de 14,21%.
Considerada uma das piores companhias de energia elétrica do país pela Aneel nos últimos oito anos, a Enel se mantém por continuar motivando reclamações de consumidores em todo o estado devido a falhas na prestação de serviço nas áreas urbanas e rurais.
Várias denúncias
O Diário do Estado vem acompanhando reclamação de goianos compartilhando imagens de prejuízos financeiros por causa das constantes quedas de eletricidade. Os transtornos se agravam principalmente porque muitas pessoas aderiram ao homeoffice e ao ensino remoto durante a pandemia.
A empresa alega que a porcentagem seria maior para contemplar os custos, mas foi reduzida. Em nota, a informação é de um repasse ao usuário residencial dividido em 13,14% para cobrir os custos com a compra de energia, encargos setoriais e transmissão e 3,31% destinados à distribuidora para manutenção e investimento na rede.
Mural de reclamações da ENEL
A Enel é uma empresa de distribuição de energia elétrica que está presente em quatro estados do Brasil: Rio de Janeiro, Ceará, Goiás e São Paulo. Num site especializado em reclamações de consumidores, o “Reclame Aqui”, a Enel Distribuição do estado de Goiás foi avaliada como “ruim“, obtendo nota 5.9 de 10 pelo site.
No estado, apesar das reclamações dos usuários, a concessionária afirma que “realiza toda a operação e a manutenção da rede elétrica e investe na expansão e na qualidade do seu sistema de distribuição. “
Fim de nova bandeira?
Os sucessivos reajustes na conta de energia elétrica por causa de mudança na bandeira tarifária podem ganhar mais um para a lista. A Aneel avalia hoje tarifa extra nas faturas dos consumidores brasileiros.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro declarou que determinará o fim da bandeira de escassez hídrica a partir de novembro, porém a agência defende a manutenção para cobrir os altos custos de geração de energia causados pelo esvaziamento dos reservatórios das hidrelétricas e acionamento das usinas térmicas.
Só em 2021 houve quatro reajustes tarifários. O mais recente ocorreu em setembro, quando foi implementada a taxa de escassez hídrica e houve aumento de 50% em relação à bandeira vermelha patamar 2 que estava em vigor. O consumo a cada 100 kWh subiu de R$ 9,49 para R$ 14,20.
Em nota a Enel informou:
”A composição do reajuste foi, portanto, fortemente impactada pela crise hídrica enfrentada pelo país, com reflexo direto nos custos de compra de energia produzida pelos geradores, e pelos encargos setoriais. Importante destacar que o processo de reajuste iniciou com percentual de 24,4% e, após medidas implementadas pelo regulador, chegou-se ao percentual de reajuste médio aprovado“,