Major Araújo é condenado após ofensas contra delegado-geral da PC

O deputado estadual Major Araújo (PSL) foi condenado a pena privativa de liberdade de um ano e seis meses de detenção que foram substituídos por prestação de serviços à comunidade pelo magistrado. A condenação foi feita após uma ação de calúnia, difamação e injúria praticada contra o delegado-geral da Polícia Civil, Alexandre Pinto Lourenço.

A decisão foi feita pelo juiz André Reis Lacerda, da 10º Vara Criminal e foi motivada após uma entrevista dada ao Diário da Manhã e à TV Metrópole em 2014. Nelas, o deputado teria comentado desdobramentos da operação Malavita feita pelo delegado Alexandre que investigava crimes como homicídios, sequestros, extorsão, ameaças e lesões corporais praticadas supostamente por policiais. Na época, o deputado teria acusado Lourenço de crimes de autoridade, tortura e até associação para tráfico ilícito de entorpecentes.

Os advogados do delgado disseram que as declarações dadas pelo deputado eram ofensas pessoas que as declarações teriam sido amplamente repercutidas na internet. Lacerda considerou que o distanciamento nas declarações do acusado e do discurso político e o direcionamento a ataques pessoais à vítima “demonstram nítida intenção ofensiva, de forma que não se pode invocar a imunidade parlamentar neste caso”. Os advogados do delegado disseram que as declarações dadas pelo deputado eram ofensas pessoas ultrapassavam a esfera do exercício do mandato.

O local onde Major Araújo prestará serviços comunitários ainda será definido pelo Setor Interdisciplinar Penal, após entrevistas o condenado.

 

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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