Major da PM no Paraná é preso por esquema de propina e corrupção

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Um major da Polícia Militar foi preso em uma operação por ser suspeito de ‘vender’ transferências de policiais e decisões em inquéritos militares no Paraná, de acordo com informações do Ministério Público. Alexandro Marcolino Gomes, comandante da 3ª CIPM de Loanda, está sob investigação por possível cobrança de propina, intimidações e subjugação de subordinados. Sua defesa afirmou que se manifestará após ter acesso aos autos.

A prisão preventiva ocorreu em Maringá, com o auxílio dos núcleos de Maringá e Umuarama do Gaeco e o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná. Os crimes investigados incluem concussão, corrupção ativa e passiva, bem como a possível participação de outros agentes de segurança pública. A operação recebeu o nome de “01” devido à forma como Alexandro era chamado em conversas interceptadas durante as investigações.

No desenrolar dessa operação, houve cumprimento de mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, além de afastamento de funções públicas. O major e um policial militar em Sarandi foram afastados das funções e o PM em Loanda foi preso em flagrante, mas liberado após pagamento de fiança. A investigação apontou que transferências de policiais eram realizadas mediante pagamentos ao major.

O esquema de propina chefiado pelo major funcionava de maneira estruturada e recorrente dentro da Polícia Militar, envolvendo também um operador financeiro. As cobranças variavam de acordo com a situação, como no caso em que Alexandro recebeu R$ 10 mil para transferir um subordinado para outra unidade. O Gaeco revelou que o comandante interferia em procedimentos disciplinares e inquéritos policiais militares em troca de pagamentos.

Além disso, o Gaeco investiga se o grupo de policiais sob comando do major coagia empresários a contratar PMs como seguranças particulares. Diante desse cenário, o secretário de segurança pública do Paraná anunciou que será instaurado um procedimento para excluir o major da corporação. A investigação teve início em 2024, a partir de denúncias de crimes militares, e agora avança para solucionar esse esquema de corrupção dentro da Polícia Militar do Paraná.

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