Mala do fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris é aberta pela Polícia Federal: busca por Flávio de Castro Sousa continua

As malas do fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris, Flávio de Castro Sousa, foram localizadas e abertas pela Polícia Federal brasileira na França. As bagagens foram vistoriadas por agentes brasileiros em Paris, e apesar do esforço, nenhum elemento que pudesse auxiliar nas buscas foi encontrado. Flávio havia postado um retrato um dia antes do seu desaparecimento, conforme postagem em suas redes sociais.

A representação da Polícia Federal do Brasil na França foi responsável por localizar e abrir as malas do fotógrafo desaparecido. Após a vistoria realizada por policiais, representantes da embaixada e conhecidos de Flávio, nenhum objeto que pudesse contribuir com as buscas foi identificado. O nome de Flávio foi incluído na Lista Amarela de desaparecidos da Interpol, visando facilitar a cooperação internacional entre as polícias de diferentes países para localizá-lo.

Amigos e familiares de Flávio informaram que seu celular e notebook foram encontrados, porém os equipamentos estão bloqueados e serão enviados para serem analisados no Brasil. O fotógrafo foi visto pela última vez em um apartamento alugado por temporada em Paris. Após a realização de buscas em necrotérios e hospitais pela polícia francesa, amigos e familiares mobilizaram esforços para obter mais informações sobre o paradeiro de Flávio.

Na reunião do Senado, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, destacou o desaparecimento de Flávio e acionou a diretoria de Relações Exteriores do Senado Federal para tratar do caso. Pacheco solicitou o engajamento das autoridades francesas para esclarecer o desaparecimento e encontrar Flávio em segurança. O fotógrafo, residente em Belo Horizonte, chegou a Paris no mês anterior e possuía uma passagem de volta ao Brasil marcada para a data do desaparecimento. Flávio é formado em artes plásticas pela UEMG e é sócio da empresa Toujours Fotografia.

O Diário do Estado acompanhou de perto o caso do fotógrafo brasileiro desaparecido, fornecendo informações relevantes sobre as buscas realizadas pela Polícia Federal na França. O empenho das autoridades brasileiras e francesas, juntamente com a mobilização de amigos, familiares e do Senado, evidencia a importância de esforços conjuntos para localizar Flávio de Castro Souza. A esperança é que o fotógrafo seja encontrado são e salvo, trazendo alívio para todos os envolvidos em sua busca.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp