Malária: Goiás não registrava óbitos há pelo menos quatro anos

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Malária: Goiás não registrava óbitos há pelo menos quatro anos

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) confirmou a primeira morte em decorrência de malária após pelo menos quatro anos – desde 2020. A ocorrência preocupa as autoridades em saúde porque podem se tornar comuns, apesar de serem mais comuns na região amazônica. Em 2023, a pasta notificou 67 casos no estado, sendo 34 confirmados e 33 descartados. Com exceção dos dois últimos casos, todos foram “importados” de outros Estados ou países.

Kerna Alves dos Santos, de 41 anos, estava internada para tratamento na Santa Casa de Anápolis há quase 20 dias. Ela estava com a doença desde 27 de março, quando viajou para uma chácara em Aparecida de Goiânia. A mulher precisou ser submetida à transfusão de sangue e a sessões de hemodiálise. No mês anterior, em fevereiro, uma pessoa havia sido diagnosticada com malária.

De acordo com o boletim epidemiológico da doença divulgado pelo Ministério da Saúde, Goiás teve três casos autóctones e um caso exportado em 2021, além de 78 importados de outros estados brasileiros. O território goiano tem baixo ou nenhum risco de infecção pela doença, conforme a região, segundo a pasta. O problema de saúde pode ser evitado e tratado com medidas individuais, coletivas e governamentais.

As orientações são usar repelentes, cobrir o corpo, usar mosquiteiros sobre a cama ou a rede, evitar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas. Os agentes de zoonoses atuam capturando a fêmea infectada do mosquito Anopheles e fazem a busca ativa de sintomáticos na região em que os casos foram confirmados.

O diagnóstico da malária é essencial para garantir o tratamento adequado do paciente e reduzir a morbidade, a gravidade e a mortalidade e ainda controlar a transmissão da doença. Na região extra-amazônica, pelo fato de a doença não ser endêmica, há grande preocupação em relação ao acesso, constatação da doença e início dos procedimentos adequados para a cura. Um dos medicamentos usado é a cloroquina, que se tornou famosa pela tentativa de ser incluída na prevenção ou minimização das complicações de covid.

A eliminação da doença é um objetivo global, principalmente em países da América, a exemplo de Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa e Venezuela. No entanto, a meta depende de muitos fatores: a capacidade das equipes em todas as esferas, o nível de investimento, determinantes biológicos, fatores ambientais, solidez dos sistemas de saúde e realidades sociais, demográficas, políticas e econômicas.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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