Mandetta diz que Saúde ”’fala baixinho” que o ”tratamento precoce” não é recomendado

Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, ironizou a nova posição do governo sobre os medicamentos utilizados no chamado ”kit covid’. Mandetta disse que a pasta, agora ”fala baixinho” que o ”tratamento precoce” não é recomendado.

De acordo com o UOL, Mandetta usou as redes sociais para comentar a demora da decisão e ainda cobrou ao CFM (Conselho Federal de Medicina) a tomar a mesma postura.

A fala faz referência aos documentos enviados pelo Ministério da Saúde à CPI da Covid nesta semana. Neles, a pasta diz que os medicamentos compõem o chamado ”kit covid” e foram divulgados e amplamente defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro como ”tratamento precoce” para a doença, são ineficazes contra o vírus.

O documento diz que “alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados”. E que, por isso, não devem ser utilizados, “sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente” Diz, ainda, que a “a ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados”.

Além do presidente, a utilização dos medicamentos também é defendido por apoiadores do governo e chegaram a ser indicados pelo aplicativo TrateCov, do Ministério da Saúde.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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