Mangueira e Portela despontam em mais uma noite de problemas na Sapucaí

Em mais uma noite de problemas com carros alegóricos e feridos na Marquês de Sapucaí, Mangueira e Portela conseguiram encerrar os desfiles hoje (28) como fortes candidatas ao título.
A primeira escola que desfilou foi a União da Ilha, que investiu em carros alegóricos gigantes para abordar o tempo em seu enredo, que partiu do mito angolano de Nzara Ndembu. O abre-alas da escola se destacou na avenida, com 18 metros de altura.

O penúltimo carro da agremiação, no entanto, apresentou problemas já ao entrar no sambódromo e acabou causando um buraco no desfile, falha considerada grave se for constatada diante da cabine de jurados. Na saída, mais uma vez o carro dificultou a vida da escola, que teve que correr para encerrar o desfile dentro do limite de uma hora e 15 minutos.

A São Clemente apostou em um desfile bem humorado e colorido para contar a história que antecedeu a construção do Palácio de Versalhes, na França. Na época, um alto funcionário da coroa francesa construiu um palácio incompatível com sua renda, e, indignado, o rei ordenou que fosse construído um maior.

Com carros menores e fantasias mais leves, a escola conseguiu passar pela Sapucaí sem problemas.

No desfile da Mocidade, o gigantismo retornou e os problemas também. A escola teve dificuldade para manobrar um dos carros na saída da avenida, e, em outro veículo, uma integrante caiu quando o pedestal em que ela estava desabou.

Com belos carros e fantasias que abordaram o Marrocos e também resgataram histórias como As Mil e Uma Noites, a escola conseguiu empolgar o público. Um dos pontos altos foi o tapete voador que decolava de sua comissão de frente, fazendo com que Aladdin sobrevoasse as arquibancadas. O coreógrafo Saulo Finelon comemorou o sucesso do aeromodelo.

“Foi uma comissão de frente lúdica e alegre, com bastante efeito, que causou impacto na avenida. É muito trabalho e às vezes dá vontade de desistir. Aí, no final, dá tudo certo, e a gente vê que vale a pena.”

A Unidos da Tijuca entrou na avenida cercada de expectativas, já que nos últimos anos têm se destacado com boas posições e títulos no carnaval do Rio de Janeiro. Um acidente com 12 feridos, no entanto, pode ter deixado a escola na outra ponta da tabela. O topo de um carro alegórico afundou sobre os ocupantes, e os bombeiros precisaram fazer o socorro em meio ao desfile. A evolução da escola teve sua ordem de alas alterada com a paralisação do carro alegórico, e cinco pessoas tiveram que ser transferidas para hospitais.

A homenagem a Pixinguinha e Louis Armstrong contou com referências a nomes mais recentes da música americana, como Beyoncé e Whitney Houston. O presidente da escola, Fernando Horta, ponderou que nem tudo foi prejudicado pelo desabamento: “A bateria é muito boa, mestre-sala e porta-bandeira, a comissão de frente. Tudo isso passou bem”, disse. “Se a Tijuca desce, seria uma pena para o carnaval.”

A Portela fez um desfile que terminou com gritos de “É campeã!” e contou a relação histórica entre a humanidade e os rios, passando também por lendas e religiões. A escola lembrou Paulinho da Viola e o samba “Foi um rio que passou em minha vida” e também protestou contra a tragédia ambiental com a barragem da Samarco em Mariana.

O carnavalesco Paulo Barros terminou o desfile em clima de festa com os integrantes da escola.

“Foi um rio que invadiu a avenida”, disse. “Agora tem que esperar as notas, mas, independente disso, a Portela fez um belo desfile e cumpriu o papel dela”.

A Mangueira encerrou a noite com um enredo sobre santos que reúnem devotos no Brasil e emocionou com alegorias poderosas como as de Nossa Senhora Aparecida, Iemanjá e São Jorge.

“Eu não vi o desfile, só brinquei o desfile. Acho que a Mangueira fez um grande carnaval. Eu me diverti à beça”, disse o carnavalesco, Leandro Vieira.

O uso de imagens religiosas já foi motivo de atritos entre escolas de samba e a Igreja Católica no Rio de Janeiro, e o carnavalesco acredita que o desfile da Mangueira em 2017 ajuda a mudar isso. “É o carnaval fazendo as pazes com a igreja. Religião é cultura popular”, disse Vieira, que ouviu gritos de “bicampeã” de integrantes da escola e da arquibancada, já que a Mangueira foi a vencedora do ano passado.

Fonte: Agência Brasil

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Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

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