Maníaco do Parque: Verdade e ficção no filme

O filme “Maníaco do Parque” estreou nesta sexta-feira,18,  no catálogo do Prime Video, trazendo à tona uma das histórias mais chocantes e impactantes da criminologia brasileira. O longa-metragem, dirigido por Mauricio Eça, é baseado na vida de Francisco de Assis Pereira, conhecido como o Maníaco do Parque, que aterrorizou São Paulo nos anos 90. Mas até onde vai a verdade e onde começa a ficção nessa adaptação?
 
Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, foi um serial killer que cometeu uma série de atrocidades em São Paulo, especialmente no Parque do Estado, de onde veio seu apelido. Ele foi preso em 1998 e condenado por atacar 23 mulheres, resultando na morte de dez delas.
 
O que é verdade e o que é ficção no filme?
 
Embora o filme “Maníaco do Parque” seja inspirado em eventos reais, ele mistura a história do serial killer com elementos fictícios. A personagem central da investigação, a jornalista Helena Pellegrino, interpretada por Giovanna Grigio, e sua irmã, a psicóloga Martha, são completamente fictícias. Essas personagens foram criadas para dar um protagonismo feminino equivalente ao do serial killer e para contextualizar a sociedade misógina da época.
 
A criação da Elena Pellegrino foi uma decisão deliberada para dar à história uma perspectiva feminina forte e para abordar as questões de gênero e misoginia presentes na sociedade da época. Silvero Pereira, o ator que interpreta o Maníaco do Parque, explicou que essa escolha ajudou a unificar várias questões importantes, como a dificuldade das mulheres em serem ouvidas e a necessidade de construir uma reparação para as vítimas e suas famílias.
 
O filme retrata Francisco de Assis Pereira de uma maneira multifacetada, mostrando não apenas o monstro que a sociedade viu, mas também outros aspectos de sua personalidade. Silvero Pereira se aprofundou nos maneirismos e comportamentos do serial killer, baseando-se em entrevistas e relatos da época. 
 
Francisco de Assis Pereira foi condenado e está cumprindo sua pena. O filme, no entanto, não se concentra no presente do serial killer, mas sim na recontagem de seus crimes e no impacto que esses crimes tiveram na sociedade brasileira nos anos 90.

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Filme “Ainda estou Aqui” é indicado ao Globo de Ouro

Dirigido por Walter Salles, o longa Ainda estou Aqui  foi indicado ao prêmio Globo de Ouro de filme de língua estrangeira. A atriz Fernanda Torres também foi indicada a melhor atriz junto com Tilda Swinton, Kate Winslet, Angelina Jolie e Nicole Kidman.

Ainda estou Aqui narra a vida da família Paiva – a mãe, Eunice, e os cinco filhos – após o desaparecimento do marido de Eunice, o deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar.

O longa  é o filme escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para ser o representante brasileiro a concorrer à indicação ao Oscar 2025. O filme foi recebido com comoção pelas plateias e premiado em vários festivais internacionais, levando o prêmio de melhor roteiro no festival de Veneza.

O filme é baseado no livro biográfico do jornalista Marcelo Rubens Paiva, filho caçula de Eunice e Rubens Paiva. Lançado em 2015, o livro conta a história da mãe dele, símbolo da luta contra a ditadura, que viveu até 2018, e morreu aos 86 anos, com Alzheimer.

Eunice Paiva criou os cinco filhos e se tornou advogada de direitos humanos e indígenas após a prisão e o desaparecimento do marido, em 1971, durante a ditadura, no Rio de Janeiro.

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